O povo,ontem, no Brasil,celebrou um círculo de tristeza no olhar.Ariano,se despedia entre o cotidiano-terra e sua ascenção de andarilho no céu.O mestre tinha como matéria prima o amor,a coragem, o sonho e a liberdade de sentir, na permanente defesa do patrimonio histórico cultural de sua gente brasileira que ele(Suassuna)tanto amava.
A beleza constatada no aceno cintilande dessa partida, é que o povo não chorava por nenhum império material construído por ele;mas esse pranto circular na nação inteira, se derramava pelo reino encantado,arquitetado,sentido e vivido por um homem que trazia em sua alma, todo um cenário de circo:malabaristas,equilibristas,engolidor de fogo e o o riso dos palhaços ingênuos desse mundo.O Paraibucano de Taperoá, não passava de um infante que cresceu Homem-menino,espalhando risos e gargalhadas com o seu espetáculo sapiente de contar histórias e inebriar de encanto,driblando a dor inteira,dessa nação dividida em classes,a qual chamamos Brasil.Ele um poeta sem fronteiras.O abraço era a sua vida.
Escritor,poeta e confrade Ariano Suassuna,mestre do labirinto e da esfinge,essa surprêsa embaraçosa da despedida,deixa armada a lona do circo na alma,de todos o qunto o amam,de pé,aplaudindo o espetáculo das aulas que ensinaste, de amar o próximo sem ambição de destruir caminhos.Toma,imortal,o abraço brasileiro de sempre lembrança, nos giros da memória do acaso,do agora e presente;começo de recomeço, de sentir fundo presságio, do êxtase pungente de se chegar aí na imprecisa certeza,onde estás,num lado do outro lado de que hoje em diante,também será vida.Só os medíocres ambiconam matéria para se apresentar como dono de império e esquecido.Tu, Homem Sensível,vestido de poesia, só te bastou uma pedra para edificar o Reino Inteiro de amor lembrado para sempre.ARIANO:SÓ EXISTE PERDA, QUANDO NA VIDA A ALMA SENTE.ETERNA LEMBRANÇA PERPÉTUA DE TI, MEU AMIGO!!!FLAVIO RICARDO CHAVES- FRC