Eduardo quer votos do PSDB. PT já estuda apoiar Skaf

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Na busca pelos 32 milhões de votos do eleitorado paulista, o maior colégio eleitoral do país, presidenciáveis não abrem mão de estabelecer palanques informais e apoios “não declarados”. O PSB de Eduardo Campos, por exemplo, tentar “colar” no tucano Geraldo Alckmin e quer montar 40 comitês para reforçar a dobradinha Alckmin e Campos e retirar votos do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves.

Já o PT, que vê seu candidato Alexandre Padilha estacionar em menos de 5% de intenções de voto, trabalha, sem alarde, apoio à candidatura Paulo Skaf, do PMDB, que pode ser o principal adversário para retirar a reeleição de Geraldo Alckmin. A medida encontra resistência entre os petistas ligados ao ex-presidente Lula, idealizador da campanha de Padilha. A presidente Dilma Rousseff já elogiou o candidato peemedebista.

O PSDB nacional não vê com bons olhos a composição paulista com o PSB e sabe que Aécio pode perder votos para Campos. A chapa é uma reconfiguração, com gosto de “revanche”, das dobradinhas “Lulécio” e “Dilmasia”, das campanhas de 2006 e 2010, como ficou conhecido o voto casado em Minas nos candidatos à Presidência do PT (que enfrentavam dois paulistas, Alckmin e José Serra) e nos candidatos tucanos ao governo local.

Já para o PSB, o apoio velado de Alckmin não é problema. O diretório paulista do PSB aprovou, por unanimidade, o indicativo de aliança pela reeleição do governador. Eduardo Campos enfrentou o descontentamento da sua candidata a vice, Marina Silva, e selou o acordo. O que mais interessa a Campos é a hegemonia dos tucanos em São Paulo. Pelas pesquisas, se dependesse de São Paulo, Aécio e Campos derrotariam Dilma num 2º turno, se a eleição fosse hoje. (Do Portal SP 247)