Diario de Pernambuco. O ex-governador Eduardo Campos (PSB) registra oficialmente nesta quinta-feira (3), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua candidatura à Presidência da República. O socialista prevê gastos da ordem de R$ 150 milhões para o primeiro turno da disputa eleitoral, valor 32% maior que o teto estipulado quatro anos atrás pela campanha presidencial da sua vice, a ex-senadora Marina Silva (PSB). À época, Marina Silva era filiada ao Partido Verde e previa gastos de R$ 90 milhões (R$ 114 milhões em valores atualizados). Vale destacar que estes números não correspondem ao valor real dos gastos na campanha. Por exemplo, na eleição passada, quando ficou em terceiro lugar, com 20 milhões de votos, Marina Silva declarou ter gasto, efetivamente, R$ 24,9 milhões (R$ 31,4 milhões em valores atualizados). Ou seja, a campanha de Eduardo Campos poderá gastar menos do que o valor estipulado inicialmente. O ex-governador, que faz oposição à presidente Dilma Rousseff (PT), deve registrar sua candidatura pessoalmente, e assim como seus adversários, deve ter os maiores gastos com a produção do guia eleitoral, além do pagamento da equipe de publicidade. “Faremos um esforço para que a arrecadação chegue próximo disso [do teto estipulado], mas lamentavelmente é um valor muito alto, um custo absurdo, o que evidencia uma deformação da democracia”, disse Carlos Siqueira, coordenador da campanha do socialista, em entrevista à Folha de S.Paulo. |