por Ricardo Noblat
Relator de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) tem o direito de interrogar primeiro quem se apresente ali para depor. Mas o que faz há algumas horas o deputado Marco Maia (PT-RS) não passa de molecagem.
Como relator da CPI mista da Petrobras, Maia preparou 130 perguntas a serem respondidas pela presidente da empresa, Graça Foster.
Perguntas que se repetem, perguntas inúteis que nada esclarecem e perguntas que Foster já respondeu nas três vezes anteriores em que esteve no Congresso este ano para ser ouvida sobre a compra da refinaria de Pasadena.

Deputado Marco Maia. Foto: Agência Câmara
Com isso, Maia pretende cansar seus colegas de CPI, especialmente os da oposição, evitando assim que eles façam perguntas embaraçosas.
Está sendo bem sucedido na tarefa.
Deputados e senadores querem voltar aos seus Estados ainda hoje para assistir por lá a estreia do Brasil na Copa. Vários deles estão indo embora.
CPI chapa branca, como a da Petrobras, não leva a nada.
O curioso é que o governo que se diz empenhado em combater toda sorte de roubalheira atue para impedir a instalação de CPIs. Ou para esvaziá-las.