Estadão Conteúdo.

O deputado federal Marco Maia (PT-RS), relator da CPMI da Petrobras, virou alvo de chacota de integrantes da oposição e da base aliada pelas perguntas que começou a fazer à presidente da estatal do petróleo, Maria das Graças Foster. Isso porque, logo nas primeiras perguntas, ele questionou se a companhia “está preparada para os desafios do setor” e arguiu fatos conhecidos como a data de inauguração da última refinaria construída pela empresa.

O deputado Fernando Franceschini (SDD-PR) foi o primeiro a se irritar com Marco Maia. Ele disse que as perguntas eram repetidas e a própria Graça já tinha abordado tais temas na exposição inicial que fez.

Outros parlamentares reclamaram em seguida. O presidente da comissão mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), interveio e disse que era direito do relator fazer os questionamentos, mas lembrou, em tom irônico, que o petista tinha ainda outras 139 perguntas a fazer.

Irritado, o relator disse que, quem estivesse com pressa, poderia ir para casa e depois voltar para a comissão.

“Nós vamos reconvocar a presidente Graça Foster”, gritou Franceschini. “É prova do Enem”, brincou o vice-líder do PSDB no Senado Federal, Álvaro Dias, para gargalhada no plenário.

De acordo com o regimento do Congresso Nacional, o relator é o primeiro a perguntar e não tem limite de tempo para fazê-lo.