Valor. O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, negou nesta terça-feira (10) que as declarações da sua vice, a ex-senadora Marina Silva (PSB), com relação a uma possível aliança com o PSDB do governador Geraldo Alckmin em São Paulo, represente um racha em sua campanha. “Nós somos de partidos diferentes, temos dinâmicas diferentes e a gente precisa respeitar a posição de um e de outro. Nós fizemos uma aliança e essa aliança pressupõe um ambiente de respeito às situações que foram geradas ao longo da história do partido em muitos estados”, afirmou o socialista. Eduardo ainda minimizou a importância das alianças estaduais diante do que precisa ser feito e conquistado em plano nacional. ‘Se em um estado ou em outro não vamos poder estar juntos, essa é uma questão meramente estadual, não tem nada a ver com a aliança nacional. Aliança nacional é em torno de um programa, de um pensamento para o Brasil. É muito maior do que qualquer episódio em qualquer estado por mais importante que seja cada estado”. Questionado sobre o fato de pesquisas indicarem que ainda não há transferência de intenção de votos de Marina para sua candidatura, Eduardo justificou que ainda é preciso aguardar o começo da campanha eleitoral na televisão. “Isso vai acontecer, sobretudo depois que a campanha começar na televisão aberta, que vai despertar as pessoas para buscarem informações nas redes sociais; vai despertar o interesse das pessoas de acompanhar debates e, com certeza, a gente vai ter a eleição se posicionando ali em setembro”, estimou. “É preciso saber cada tempo que uma campanha tem. O tempo do plantio e o tempo da colheita. A colheita virá nas urnas”, previu Eduardo. Perguntado sobre o fato de não ter seu nome associado à mudança requerida pelas manifestações sociais, de acordo com o apontado por levantamentos de institutos de opinião, e se isso levará a modificações na estratégia de comunicação da campanha, Eduardo disse: “Fica tranquilo, fica tranquilo que sim, que a gente vai dar conta”. |