Poeta Mário Faustino
o mundo que eu venci deu-me um amor,
um troféu perigoso, este cavalo
carregado de infantes couraçados.
o mundo que venci deu-me um amor
alado galopando em céus irados,
por cima de qualquer muro de credo.
por cima de qualquer fosso de sexo.
o mundo que venci deu-me um amor
amor feito de insulto e pranto e riso,
amor que força as portas dos infernos,
amor que galga o cume ao paraíso.
amor que dorme e treme. que desperta
e torna contra mim, e me devora
e me rumina em cantos de vitória…