Estadão Conteúdo. O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, recebeu nesta quarta-feira (4) apoio formal do PMN. De acordo com o tucano, ao longo do dia, outros partidos considerados “nanicos”, como o PTdoB, PTC e PTN, também deverão anunciar apoio à sua pré-candidatura. Os quatro partidos contam com uma bancada de apenas seis deputados, sendo três do PMN e três do PTdoB. Ainda não há um cálculo definido sobre o tempo de tevê que cada um desses partidos poderá adicionar à campanha presidencial do PSDB. “Estamos num momento em que se iniciam as convenções. É natural que as definições de vários partidos comecem a acontecer. Estou feliz em estar recebendo o apoio de alguns outros partidos que se somam a nós”, disse Aécio Neves, após encontro com integrantes do PMN na liderança do PSDB do Senado Federal. Apesar do apoio dos “nanicos” à candidatura presidencial, o parlamentar não confirmou qual participação as legendas poderiam ter num eventual governo. “Não conversamos isso sequer com o meu partido. O meu governo será de quadros independentes de partidos políticos. Acho que o bom exemplo é Minas Gerais, onde governei buscando as melhores figuras de todas as áreas”, afirmou. Aécio aproveitou a ocasião para criticar a distribuição de cargos pelo governo como forma de garantir um amplo apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). A tendência é que a petista consiga compor uma aliança com até dez partidos, o que poderá garantir o dobro do tempo de tevê em comparação com o PSDB. “Vejo um esforço enorme da presidente distribuindo espaços de poder a rodo como jamais se fez antes na história do Brasil em contrapartida de alguns segundos para a campanha eleitoral. Faz isso distribuindo diretoria de bancos, ministérios, cargos públicos sem qualquer constrangimento”, disparou o senador. O tom de críticas ao atual governo também foi usado pelo pré-candidato ao comentar a suposta avaliação de integrantes da coordenação de campanha presidencial do Partido dos Trabalhadores de que Dilma ainda corre risco de desgaste. “Concordo com o marqueteiro mor do governo, João Santana: a coisa está ficando realmente feia para o governo. Deveria ter percebido lá trás, quando aparelharam de forma irresponsável a máquina pública, desqualificando a gestão pública, permitindo que os mal feitos pudessem avançar por todas as áreas do governo, em especial nas nossas empresas públicas”, disse. |