O dinheiro e os votos

Carlos Brickmann

 José Batista Junior, o Junior Friboi, sócio do JBS Friboi, maior frigorífico do mundo, acaba de descobrir alguns fatos da vida. Ele foi recebido no PMDB com tapete vermelho, com promessas de apoio total em sua candidatura ao Governo do Estado, com palmas e estrondosos desta vez, vamos. Ele acreditou. Íris Rezende lhe disse que não seria candidato ao Governo. Ele acreditou. Candidatos a cargos legislativos lhe disseram que ajuda financeira seria bem-vinda, claro, mas não seria determinante para apoiá-lo. Ele acreditou.

Agora descobriu que quem manda no PMDB goiano é o ex-governador, ex-senador e ex-ministro Íris Rezende. Íris já teve mais votos (ultimamente, virou freguês do tucano Marconi Perillo), mas, comparado ao estreante Junior Friboi, é o rei do pedaço. Íris tem votos, pode oferecer aos companheiros de partido, apesar das últimas derrotas, uma perspectiva de poder e uma chapa forte, capaz de eleger muitos deputados; Junior Friboi só tem dinheiro. Dinheiro ajuda, mas não se ganha eleição sem voto.

Quem será o candidato ao Governo pela oposição? Simples: quem Íris quiser.