A mostra reunirá mobiliário, obras de arte popular e contemporânea, de artistas do casting ou que já passaram pela Galeria Amparo 60. A galeria vai receber peças garimpadas pela curadora, imagens que remetem ao seu passado na casa de número 60 da rua do Amparo, em Olinda, móveis e obras que compõem o acervo da galerista Lúcia Costa Santos que, de alguma forma, se relacionam com a galeria, a exemplo de uma tela de Roberto Burle Marx. Entre as obras selecionadas estáPorta, de Eudes Mota, cuja exposição, em 1998, marcou o surgimento “oficial” da galeria. Haverá ainda uma mostra de filmes, com a participação tanto de cineastas como de artistas plásticos.
A curadoria se inspirou na “ambientação” do universo da arquitetura de interiores. “Na ambientação, o olhar depurado para selecionar toda sorte de artefatos e a habilidade de combiná-los entre si são os meios para se criar espaços funcionais, de habitat e convívio. Na coletiva, esses procedimentos resultam em uma quebra do padrão expográfico, apoiado na contaminação entre linguagens. A decoração abraça a arte, tornando-a de algum modo familiar; a arte, por sua vez, é capaz de desmontar as premissas de qualquer intento estetizador”, detalha Ana Maria Maia.
Um dos pontos altos da exibição será a abertura do jardim da galeria a partir do projeto de reforma proposto pelos artistas Fernando Peres e Isabela Stampanoni. Eles farão uma reabertura desse espaço, o qual funcionará por si só como uma obra, que permanecerá depois da mostra, deixando uma memória arquitetônica do processo de trabalho.
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