O Globo. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsiderou nesta terça-feira (20) parcialmente a decisão tomada ontem, de libertar todos os presos da Operação Lava Jato, e manteve na cadeia os doleiros Alberto Youssef, Raul Henrique Srour, Nelma Mitsue Penasso Kodama e Carlos Habib Chater, além de Renê Luiz Pereira, acusado pelo Ministério Público Federal de movimentar recursos do tráfico de drogas. O único que foi solto foi o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que deixou ontem a sede da Polícia Federal em Curitiba. Apesar de ter saído da cadeia, Costa está proibido de deixar a região onde reside e deve entregar os passaportes às autoridades policiais até o final da noite de hoje. Zavascki afirmou que a Justiça Federal do Paraná apresentou informações complementares sobre os processos e decretos de prisão e, por isso, decidiu manter as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal. Manteve, porém, a decisão de que todos os processos sejam encaminhados ao STF, apesar de nem todos envolverem autoridades com direito a foro privilegiado. Permanecem presos, também, Carlos Alexandre de Souza Rocha, André Catão de Miranda, André Luis Paula dos Santos, Ediel Viana da Silva e Mária de Fátima Stocker, esta última na Espanha. É considerado foragido Sleiman Nassim el Kobrossy. O ministro havia mandado suspender todos os processos da Operação Lava Jato e mandou soltar 12 réus, incluindo o doleiro Alberto Youssef, além de Paulo Roberto Costa. Segundo a argumentação do juiz, o caso deveria ter sido enviado ao Supremo Tribunal Federal quando as investigações atingiram deputados federais, que tem foro privilegiado, como o deputado André Vargas. Ontem, o juiz da 13ª Vara de Curitiba, Sérgio Moro, que estava à frente dos processos, alertou para o risco de fuga dos réus. |