Agência Brasil. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se referiu a “setores ressentidos” ao comentar movimentos contra a realização da Copa do Mundo. Segundo ele, parte da mídia faz campanha contra o evento. “Aqui no Brasil parte da mídia faz campanha contra a Copa do Mundo. Setores ressentidos, derrotados, fazem essa campanha”, disse. Rebelo ainda citou o apoio inicial de governadores de oposição à gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Aécio, Alckmin e Eduardo Campos estavam lá, quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa. Depois, as conjunções políticas e as manifestações fizeram com que alguns se afastassem disso. Aí a Copa do Mundo ficou órfã de pai e mãe, restando apenas o presidente Lula”. O ministro ainda atribuiu movimentos contra a Copa do Mundo no Brasil a um sentimento de contrariedade a posições que o país estaria ocupando no cenário internacional. “Existe, em algumas partes do mundo, um desconforto em relação à posição que o Brasil tem ocupado nos fóruns internacionais e o seu protagonismo econômico. É como se dissessem que o Brasil quer ocupar um lugar que não lhe cabe, que ele precisa voltar ao seu lugar”. Ele acredita, no entanto, que no final das contas o povo vai abraçar o evento, seja por “informação ou paixão ao futebol”. O ministro também defendeu os gastos em estádios e infraestrutura maiores que em copas anteriores. Além disso, ele explicou que o evento deve gerar 3,6 milhões de empregos e que para cada real de investimento público haverá um retorno de R$ 3,4 em investimentos privados. “A Alemanha não gastou tanto porque não precisava, porque já tinha estrutura pronta. A África do Sul não gastou porque não podia”. Ele também explicou gastos considerados elevados com alguns estádios. Em Brasília, por exemplo, ele disse que as obras de entorno não constavam no orçamento inicial e sua inclusão posterior provocou grande aumento de custos em relação ao valor inicial. Já na Arena Corinthians, Rebelo explicou que estruturas temporárias tiveram que ser levantadas para atender as exigências da Fifa para um estádio de inauguração do evento, que deve receber 60 mil pessoas. Vale lembrar, porém, que já era sabido que o estádio de São Paulo receberia a abertura do evento, antes mesmo dele ser erguido. |