|
Carlos Chagas
Com tantos espaços ociosos, os estádios funcionariam como centros de ensino sem maiores prejuízos para as práticas de esporte para as quais foram construídos. Basta usar a imaginação e apelar para a capacidade de arquitetos e engenheiros. A ideia nem mesmo é original. Leonel Brizola, quando governador do Rio de Janeiro, construiu em tempo recorde o Sambódromo. A sugestão partiu de Darcy Ribeiro: fora do Carnaval, as instalações funcionariam como escolas. Perto de 50 salas de aula foram implantadas na estrutura, graças ao gênio de Oscar Niemayer. Funcionam até hoje. |
Vale insistir na proposta, apesar de haver caído no vazio. Por que, depois de encerrada a copa do mundo, o governo não anuncia que oferecerá aos estabelecimentos privados de ensino a possibilidade de, durante a semana, utilizarem os estádios como universidades e colégios? Seriam necessárias adaptações, mas poderia o BNDES financiá-las a juros abaixo