Humberto confessa que recebeu R$ 1 milhão da Camargo Correia

humberto-costa - foto waldemir barreto - agência senado

O fato de quatro senadores que integram a CPI da Petrobras terem recebido contribuições financeiras, para suas campanhas, de empresas que prestam serviços à estatal não vai comprometer o trabalho investigativo que será feito pela Comissão.

Segundo o líder da bancada do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), as contribuições feitas foram legais e não geraram nenhum tipo de compromisso.

Por esse motivo, disse ele, seu constrangimento será “zero” para investigar, se for o caso, a construtora Camargo Corrêa, que doou R$ 1 milhão para sua campanha.

“Esse é o tipo de visão que a oposição tenta colocar. Isso sim é uma maneira de constranger os integrantes da CPI, talvez para que não tomem determinadas medidas que precisam ser tomadas”, disse o senador pernambucano.

Também receberam doações da Camargo Corrêa os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Ciro Nogueira (PP-PI) e José Pimentel (PT-CE).

Dois requerimentos aprovados na primeira sessão da CPI têm relação com a Camargo Correa. Um deles pede cópia do contrato celebrado entre a Petrobrás e o consórcio da empresa com a Iesa para a construção da plataforma P-62.

Esta plataforma, construída no Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, teve as obras atrasadas após um acidente, em março de 2013, durante o içamento de uma peça.

Outros oito pedidos citam a Refinaria Abreu e Lima que está em fase de conclusão no litoral sul de Pernambuco.