Dilma ressalta fracasso da “super quinta de protestos”

Estadão Conteúdo.

Apesar dos anúncios de que esta seria uma “super quinta”, com protestos significativos nas principais cidades do país, a avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT) é de que a mobilização “fracassou”. De acordo com informações do Palácio do Planalto, o que se viu, principalmente, foi uma “ação midiática”, com anúncios de que problemas graves com manifestações monumentais contra a realização da Copa do Mundo poderiam acontecer, mas que “felizmente não aconteceram”.

Apesar deste considerado fracasso, o governo vai dar prosseguimento ao monitoramento criado nas 12 cidades-sede, que incluirá a manutenção de um diálogo permanente com diversos tipos de movimentos sociais para tentar barrar os eventuais violentos protestos que possam ameaçar a realização do evento.

O entendimento do governo é de que é preciso ganhar a batalha na mídia e, por isso, há mobilização das autoridades para que promovam um contra-ataque completo, no sentido de defender a realização da Copa do Mundo e todo o legado a ser deixado por ela.

Diante de tal constatação, a própria presidente comandou, no Palácio do Planalto, a cerimônia de compromisso pelo emprego e trabalho decente no evento, onde afirmou: “Nós não negamos os conflitos, nós temos de conviver com eles”. Segundo ela, “não há nenhuma vergonha em divergir” já que “cada um tem uma posição”.

“A vergonha está em não reconhecer isso, a vergonha está em não buscar o consenso possível”, continuou a presidente, passando a cumprimentar os que estavam ali assinando o acordo que considerou “um exemplo de como se relacionar dentro de uma sociedade democrática em que todos os direitos são respeitados”.

Dilma aproveitou o discurso para apelar a todos os brasileiros para que recebessem bem os turistas brasileiros e estrangeiros que assistirão a “Copa das Copas” e avisou que “o legado da Copa é nosso”.

“Porque ninguém que vem aqui assistir a Copa leva consigo, na sua mala, aeroporto, porto, não leva obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios. O que eles podem levar na mala? É a garantia e a certeza de que este é um país alegre e hospitaleiro. Pode levar isso na mala. Agora, os aeroportos ficam para nós, as obras de mobilidade ficam para nós, os estádios ficam para nós”, pontuou.