Valor. “A inflação provoca perda de confiança na economia, e a perda de confiança faz com que se produza menos e se empregue menos. O Brasil já viveu isso. Não tem como trocar um pouquinho de inflação por um pouquinho de crescimento”, afirmou o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. Em entrevista coletiva depois do encontro com cerca de três mil prefeitos reunidos pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o socialista disse que o que elevará o desemprego no país “é a volta da inflação”. Algumas semanas atrás, o pré-candidato havia proposto assumir o compromisso em torno de uma meta de inflação de 3% em quatro anos. A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, por sua vez, que uma política de controle drástico da variação de preços elevaria os índices de desocupação. Na entrevista, Eduardo elogiou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Não vou dizer aqui, a esta altura da minha vida, que o controle da inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a solidez do sistema financeiro não foram importantes”, notou. Eduardo observou ainda que “o Brasil precisa ter protagonismo internacional em torno de valores como a democracia”. Segundo ele, “a política externa não pode ser a de um partido, mas do país”. Em termos concretos, o ex-governador disse que o Brasil não deve se abster nos foros internacionais em questões como a da guerra civil na Síria. “O Brasil perdeu protagonismo em relação a estes temas nos últimos anos. O mundo nos olha”, disse. |