Do Portal BR 247
Para quem só conhece o economista Maílson da Nóbrega pelas páginas da revista Veja, onde ele é um dos principais colunistas, nunca é demais relembrar o passado. Uma simples consulta à Wikipédia revela que ele comandou as finanças do País num dos períodos mais trágicos da economia nacional. Em 1989, quando foi ministro da Fazenda, o ano terminou com a hiperinflação de 1.782,85% (leia mais aqui). No entanto, a despeito do retrospecto como ministro, Maílson conseguiu uma proeza. Montou uma das principais consultorias econômicas do País, a Tendências, de onde passou a distribuir conselhos, que depois migraram para as páginas de economia de jornais e revistas. Nesta semana, no entanto, ele entra em outra seara: a autoajuda. Maílson publicou o artigo “Não desanime”, que parece ser uma terapia psicológica aos leitores de Veja. Segundo ele, ninguém precisa se desesperar caso a presidente Dilma seja reeleita. O Brasil não vai acabar – e olhe que estamos falando do Brasil de 2014, com pleno emprego na economia, e não do de 1989, com hiperinflação e desemprego recorde. “Não dá para desesperar em caso de reeleição de Dilma”, diz ele. “O Brasil dispõe de instituições – democracia, imprensa livre, mercados sofisticados, sociedade intolerante à inflação e à corrupção, entre outras – que forçam a correção de rumos”, diz ele. Como exemplo de correção recente de rumos, ele cita o recuo do governo Dilma na política de juros, com as altas recentes da taxa Selic. Numa prova de incorrigível otimismo, Maílson diz que, mesmo sendo derrotada em 2014, a oposição poderá conquistar o poder quatro anos depois. “A vitória da oposição, mesmo que não aconteça em 2014, será altamente provável em 2018. O projeto do PT, de perpetuar-se no poder, é um sonho dificilmente concretizável”, diz ele, concluindo que “não há o risco de uma hegemonia à moda peronista ou chavista”. Na última linha, Maílson insiste: “Não dá para desanimar”. Será vem aí o Manual de Sobrevivência do Coxinha na Selva Petista? |