Um dos principais personagens do mensalão mineiro, Cláudio Mourão — tesoureiro da campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998 —, O ex-tesoureiro do PSDB, Claudio Mourão, (no centro) tem dois motivos para comemorar na data de hoje: completa neste sábado (12/4) 70 anos e deverá se livrar do processo que tramita na Justiça mineira. Mourão deverá beneficiado por um artigo do Código Penal que reduz pela metade o prazo de prescrição dos crimes pelos quais é acusado: peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Conforme denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão mineiro foi um esquema de arrecadação ilegal de recursos para a campanha de Azeredo. Assim, ele ficará livre de qualquer punição no chamado ‘mensalão tucano’. Sua situação é idêntica à do ex-vice-governador de Minas Gerais, Walfrido dos Mares Guia, que também se beneficiou da prescrição, ao completar 70 anos. O chamado ‘mensalão tucano’ ocorreu em 1998, quando Eduardo Azeredo concorreu à reeleição, em Minas, e foi derrotado por Itamar Franco. NINGUÉM CONDENADO Como o caso não foi julgado até hoje, e também foi remetido à primeira instância, ao contrário da Ação Penal 470, ninguém foi julgado e condenado. E lá se vão 16 anos. Azeredo também deve se beneficiar da prescrição. Seu caso estava pronto para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, mas ele renunciou ao mandato, para fugir do STF e ser julgado em primeira instância. Antes de qualquer condenação, ele também deverá completar 70 anos. Para o advogado de Claudio Mourão, Antônio Velloso Neto, seu cliente ‘já sofreu demais’. ‘Quem sabe a vida dele agora melhora’, afirma. (Portal Minas 247) |