Coisas do Brasil

 A manobra é conhecida, vem desde os tempos da República Velha: sempre que eclode um escândalo ou uma lambança, o governo e acólitos alegam estar havendo manobra eleitoral com o intuito de enfraquecer seus candidatos. Ainda mais quando num ano eleitoral disputa-se a presidência da República, em meio à tentativa de reeleição da presidente.

Eriçaram-se os pelos dos líderes do governo, que também mostraram garras e presas, denunciando a oposição por interligar a sucessão presidencial com os mal-feitos da Petrobrás na aquisição de uma refinaria nos Estados Unidos.

Alhos nada tem a ver com bugalhos, ainda que a denúncia sobre a inadmissível operação de compra e venda da refinaria faça a felicidade de quantos se opõem aos donos do poder.

São coisas do Brasil esses hiatos entre as pesquisas e os acontecimentos. Melhor que seja assim, ao menos até às vésperas da eleição. Já se fala que se o selecionado brasileiro perder a copa do mundo, Dilma perderá votos.

Do que precisamos é de esclarecimentos. No caso da refinaria adquirida pela Petrobrás por preço seis vezes maior do que os belgas haviam pago por ela, importa investigar se houve apenas incompetência, desídia ou propina. Paga a quem?

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