G1. A Polícia Federal abriu nesta semana dois inquéritos para investigar suspeitas de corrupção e superfaturamento na Petrobras. Ontem (12), foi instaurado o inquérito que irá averiguar se funcionários da estatal receberam propina para favorecer a holandesa SBM Offshore – a empresa aluga plataformas flutuantes a companhias petrolíferas. O outro inquérito foi instaurado um dia antes, com o objetivo de apurar suspeitas de superfaturamento na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A Petrobras é um dos elementos da crise política entre o Governo Federal e o Congresso Nacional. Na terça-feira, a insatisfação em relação à nomeação de ministros, liberação de emendas parlamentares e interlocução com o Palácio do Planalto levou a uma das maiores derrotas do governo Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados – por 267 votos a 28, os parlamentares aprovaram a criação de uma comissão externa para investigar o caso da suposta propina paga pela empresa holandesa a funcionários da Petrobras. Após a criação da comissão externa pela Câmara Federal, a estatal divulgou, ontem, nota na qual informa que está tomando providências. “A Petrobras reitera que, em meados de fevereiro, criou uma comissão interna de alto nível para investigar as supostas denúncias de irregularidades em contratos com a empresa SBM. Na ocasião da criação da comissão, a Petrobras tornou pública sua decisão. A Petrobras aguarda a conclusão das apurações para qualquer manifestação a respeito”, diz um trecho da nota. A Controladoria-Geral da União (CGU) formalizou um pedido de cooperação com o Ministério da Justiça da Holanda, a fim de também apurar a denúncia. O PSDB chegou a pedir uma investigação sobre a suposta propina à Procuradoria-Geral da República (PGR), mas o pedido apenas permaneceria em Brasília se fossem verificados indícios de envolvimento de pessoas com foro privilegiado, como ministros e parlamentares. Agora, a PGR no Rio de Janeiro deve decidir sobre a abertura de uma investigação. |