Diario de Pernambuco.

O PT de Pernambuco continua longe de chegar a um consenso sobre os rumos a serem seguidos nas eleições para governador. A proposta de plebiscito, sugerida através de ofício, na noite de ontem (10), pelo grupo que defende candidatura própria para o Governo do Estado, foi rejeitada pela executiva da legenda. A decisão foi tomada durante reunião ordinária, realizada na sede do partido, no bairro de Santo Amaro.

De acordo com a presidente estadual do partido, Teresa Leitão, seria difícil organizar, a essa altura, um processo tão delicado. “Para garantir toda a transparência do plebiscito, precisaríamos de mais tempo. Os prazos estão curtos para isso”, justificou.

Entretanto, o debate a respeito de um candidato próprio ao governo não acabou. Teresa disse que o assunto será discutido mais uma vez durante o Encontro de Tática Eleitoral, marcado para o próximo dia 22 de março. “Teremos um dia e meio, e não apenas um dia, só para debater isso”, afirmou.

Na proposta apresentada ontem por dez lideranças petistas, os militantes deveriam decidir em consulta plebiscitária ser defenderiam nome próprio para o governo ou se apoiariam a pré-candidatura de Armando Monteiro Neto (PTB), opção defendida pelo grupo encabeçado pelo senador Humberto Costa.

O presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, não pareceu satisfeito com a decisão. Segundo ele, a candidatura própria é o melhor caminho para o partido e, nos bastidores, fala-se que seu nome seria o mais cotado para a futura chapa. “Na realidade, a proposta do plebiscito não chegou a ser votada ontem. Pergunte a Teresa quantos votos a proposta teve”, disparou Barreto.

Pelo visto, o impasse dentro do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores continua.