Estadão Conteúdo. Dois anos depois de deixar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), deixou o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cargo para o qual foi indicado logo após ter sido nomeado ministro, em 2007, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-ministro disse, nesta segunda-feira (10), que deixou o conselho do BNDES porque vai disputar um cargo eletivo em outubro. “Não dá para conciliar o conselho com a eleição, então já deixei formalizada [a carta-renúncia] e a presidente Dilma Rousseff vai assinar minha saída. Preciso estar apto para a candidatura”, disse Lupi. O presidente nacional do PDT disse que ainda não sabe que cargo disputará e que negocia o apoio do seu partido na eleição para governador do Rio de Janeiro. Lupi tem mantido frequentes conversas com os prováveis candidatos do PMDB e do PT – Luiz Fernando Pezão e Lindbergh Farias, respectivamente. O pedetista disse que, nos últimos dois anos, não foi pressionado a deixar o conselho do banco, já que não estava mais no governo. “Nunca houve nenhum pedido para que eu saísse, ao contrário, continuei minha atuação no conselho normalmente”, afirmou. Aliado de Lupi, o atual ministro Manoel Dias (PDT) não pretende indicar o substituto e deixará a escolha para a presidente Dilma Rousseff. Os conselheiros do BNDES têm remuneração de R$ 6,5 mil mensais. |