O poste

      Por José Adalberto Ribeiro, jornalista

joseadalbertoribeiro@gmail.com

RIBEIROLÂNDIA, City – Quem inventou o poste? O homem das cavernas? O filósofo Sócrates? Aristóteles? Bill Gates? Pedrálvares Cabral? Santos Dumont? Alberto Einstein? Galileu Galilei? Charles Darwin? Karl Marx? Walt Disney? Steve Jobs, da Apple? Só Zeus sabe. Mistérios da humanidade!

Um dia belo na Grécia Antiga um discípulo perguntou ao filósofo Sócrates: ó mestre, tu sôis o inventor do poste? O cara gaguejou e saiu pela tangente: “Só sei que nada sei”. Os discípulos ficaram invocados diante de tanta ignorância. Bob Dylan falou: The answer, my friend, is blowing in the Wind. A resposta, my friend, está solta no ar.

Outro grande sábio da Antiguidade, Aristóteles lançou a seguinte teoria científica: o poste é um animal político. Os filósofos Sócrates e Aristóteles eram professores dos cursinhos da Antiguidade na preparação dos alunos para as provas do Enem e da OAB.

Também na Antiguidade grega o astrônomo Arquimedes de Siracusa, compadre de Aristóteles, descobriu a alavanca. Quando estava doidão, o bicho costumava dizer: “Dai-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”. A alavanca é prima do poste.

Santos Dumont inventou o avião, o helicóptero e as bolinhas de gude. Por que não inventou o poste, em sendo mais pesado que o ar, feito o avião? Porque os aviões voam e os postes não voam. Quando querem criar asas para voar os postes entram nos caminhos da perdição, segundo o pai da aviação. E por que inventou as bolinhas de gude? Porque naquele tempo não havia internet e os meninos precisavam brincar, disse-me Santos Dumont por telepatia.

Bill Gates inventou o computador, a internet e o cotonete. Não consigo entender como as pessoas viviam antigamente sem internet e sem cotonete. O agente secreto 007 me disse sobre o poste: “Tô fora”.

O poste de iluminação foi homenageado por Manuel Bandeira na poesia “Noite morta”:

“Noite morta. Junto ao poste de iluminação/ os sapos engolem mosquitos./ Ninguém passa na estrada/ nem um bêbado./ No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras./ Sombras de todos os que passaram./ Os que ainda vivem e os que já morreram./ O córrego chora. / A voz da noite … (Não desta noite, mas de outra maior)”. Lindo. Sintam-se homenageados todos os postes das noites e dos dias no canto maravilhoso do poeta Manuel Bandeira. O grande poeta também registra a função ecológica dos sapos, de engolir mosquitos. Hoje convivemos com a triste realidade de engolir sapos vermelhos. Voltemos aos postes.

“Os ombros suportam o mundo”, dizia Drummond. Os postes suportam a energia do planeta. Eles transportam os elétrons que eletrizam os corações da humanidade.

Os apagões do sistema elétrico foram inventados por Fernando Henrique, democratizados pelo sapo vermelho e agora estão sendo ainda mais aperfeiçoados pela turma do cordão encarnado. Os postes são os que mais sofrem com os apagões, porque seus ombros não suportam tanta sobrecarga de energia e entram em pane. Mas, os postes vermelhos não se compadece dos seus irmãos e ao invés de instalar mais postes preferem investir 1 bilhão do BNDES no porto comunista de Mariel, em Cuba, para agradar a ditadura comunista de fidel e raul castro, com licença da palavra. Os postes comunistas de Cuba ficaram encantados com a gentileza dos sapos vermelhos do PT.

Galileu Galilei descobriu a lua e as estrelas, descobriu que a terra é quase redonda e gira solta no espaço. Foi um insight de gênio.

Não descobriu o poste para não ser queimado pela Santa Inquisição.

Miguelangelo de Buanarroti, amicíssimo de Leonardo de Caprio da Vince, tinha a mania de conversar com o mármore. Ele deu à luz à estátua de David, a criatura mais bela do mundo. A Pietà, o teto da Capela Cistina e a estátua de Moisés são maravilhas da humanidade.

Naquele santo dia Miguelangelo tirou uma onda com a estátua de mármore de Moisés: “Parla! Parla!” Até hoje Moisés não deu um pio, mas qualquer dia poderá começar a falar, pois até as pedras falam, que dirá uma estátua abençoada pelas mãos sublimes de Miguelangelo Buanarroti.

Perguntei ao meu amigo o físico Blaise Pascal, ao visitá-lo em Paris no século 17: quem sôis tu, bicho? “O homem-poste é um caniço pensante”, disse-me a fera.

À moda de Aristóteles e de Pascal, o poste é um caniço de concreto que tira onda de ser animal político.

fonte:blogdomagno