Segundo a Folha de S.Paulo, por meio do provedor CANTV, empresa estatizada por Hugo Chávez no ano de 2007, o governo adotou medidas para bloquear temporariamente as páginas do Facebook e do Twitter, além de aplicativos de trocas de mensagens.

“Estamos driblando o problema nos conectando a provedores de fora da Venezuela”, disse o estudante de informática Jorge, que preferiu não informar seu sobrenome. “Há várias formas de burlar esses bloqueios, e, se derrubam um aplicativo, amanhã outros dez aparecerão. É uma batalha perdida para eles se quiserem realmente combater vozes opositoras por essa via”, ressaltou.

O recente alvo do governo é o aplicativo Zello, muito popular no país. É uma espécie de “walkie talkie”, específico para smarthphones, que permite enviar uma mensagem de voz a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, muito utilizado por manifestantes.

O diretor geral do aplicativo, Bill Moore, revelou à agência Associated Press que a ferramenta teria sido bloqueada pelo provedor. Ele explicou que a companhia desenvolve atualizações que permitem furar o bloqueio. As críticas contra a medida fizeram com que a CANTV emitisse um comunicado oficial desmentindo “enfática e categoricamente que esteja envolvida na falha reportada por usuários”