A presidente Dilma Rousseff quer profissionalizar os sem-terra. A ideia, contudo, não é aparelhar o movimento que, desde os tempos do governo Lula, tem tomado decisões na contramão dos interesses do Planalto. Ela e a cúpula do MST discutiram, no encontro da última quinta-feira, em Brasília, a criação de um Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) específico para os agricultores ligados ao movimento.
O formato ainda não está definido, mas Dilma está empenhada a garantir cursos de qualificação para assentados. No currículo, aulas sobre a vida no campo e a pequena produção agrícola do país. Ao lado do Mais Médicos, o Pronatec é percebido pelo governo — e até pela oposição — como a porta de saída dos assistidos do Bolsa-Família. Quem sabe, agora, a porta de saída também para os acampados que lotam a beira das rodovias brasileiras.(Denise Rothenburg – Correio Braziliense)
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