Exame. Manter a sustentabilidade do sistema previdenciário e, ao mesmo tempo, garantir a inclusão social da população nos benefícios previdenciários são as principais preocupações do Brasil diante do envelhecimento da população, disse hoje (29) o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. O ministro participou do lançamento de um livro sobre o tema, editado pela Unidade de Mercado de Trabalho e Seguridade Social do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). O livro traz dado relevante: até 2050, a população com mais de 65 anos no país se multiplicará por quatro, passando de 13 a 51 milhões e, destes, “40% não terão uma aposentadoria contributiva e dependerão do estado ou de suas famílias”. O estudo destaca a necessidade de se operar uma reforma previdenciária que fomente a criação de empregos formais – tal medida impulsionaria a produtividade, e consequentemente, o crescimento. O ministro disse que ficou preocupado com as projeções e ressaltou que “o livro também traz fatos positivos e nos últimos anos houve avanços na cobertura previdenciária da população, com a inclusão dos empregados domésticos, das donas de casa e segmentos de baixa renda”. O estudo do BID reconhece que o Brasil é um dos países que mais conseguiu reduzir a pobreza entre idosos na América Latina e Caribe nos últimos anos. Entretanto, ressalta que o envelhecimento da população e a diminuição do número de nascimentos impõem um desafio a todos os países dessas regiões para assegurar aposentadoria a todos os cidadãos nas próximas décadas. De acordo com a publicação, o Brasil é um país muito inovador em políticas de formalização e, na última década, conseguiu avanços importantes na criação de milhões de empregos formais. Por isso, conclui que seguir aprofundando a formalização (do trabalho) se mostra uma maneira eficiente de aumentar a arrecadação previdenciária. |