AMORES ROUBADOS É FATO REAL, MAS URBANO OU O RECIFE CHEIRA À CHIFRE QUEIMADO

A Minissérie “AMORES ROUBADOS”, traz realidade histórica da capital pernambucana. O corno Jaime(Ex-TUFÃO, com mesmo destino em “AVENIDA BRASIL”) fala “caluniosamente” para Isabel e Antônia, a notícia de que Leandro deu um desfalque na empresa e fugiu para São Paulo.Acontecendo em Recife seria ele acusado de:Ele quer o seu dinheiro,mamãe;fala suplicante de falsidade o corno filho, em nome do larápio pai ausente e separado do lar.Mas para a dor de chifre não é remédio,porque a mesa de bar foi pensada para filósofos,boêmios,poetas e os que amam loucos e desesperadamente.Os cientistas ainda estudam um lugar de recolhimento para os cornos,principalmente os graúdos de cabeça grande e pomposa.Antônia,filha do casal se apaixona por leandro e quer notícia dele,pois não acredita na história da família,Leandro um jovem um jovem boêmio-etilírico,não se liga em dinheiro;mas em zumzum-abelhudo no ponto “G” do ouvido da amada ou na troca de cartas em caixa postal de numero 00000, que só o carteiro sorridente com o correio e os amantes conhecem.Leandro é macho e os que amam, vorazmente, e sem medo não fogem nunca da “Guerra Amada”.Forte e ferido com cicatriz que não se apaga nunca.Sempre há um Fortunato nessas caudalosas estranhas história de amor. No Recife tem muitos “Fortunato”.Parodiando aquele comercial:” se de repente alguém lhe chamar de Fortunato,isso poderá ser INSULTO.George Moura,roteirista de “amores roubados”, somos contemporâneos da UNICAP-PE. Participávamos do Centro Comunitário da Católica, de mãos dadas com o humanista Padre Fred Solom, sofríamos e seguíamos.Todos nós assistíamos nas visitas que fazíamos levando palavras,abraços e mantimentos para para os que habitavam nas feridas sociais das favelas e favelados.As lágrimas vinham aos olhos e George com sua cabeleira e barba grande, a lá John Lennon e Alceu Valença,chorava alto.Ainda hoje lembro dos vestígios dessas vertigens que sofríamos pela magreza desse Recife esquálido e sonolento.Vocês daí do outro lado da tela já sentiram o quanto dorme o a cidade e quando sai parece-nos que vai sonâmbula.Poxa,fico aqui pensando com minha estranheza de falo alto,mesmo aqui sozinho:COMO TUDO NO BOI SE APROVEITA.OS CHIFRES ALÉM DE PENTE. SERVE PARA CANTAR,ENCANTAR E SE ESCREVER DE E SOBRE O AMOR. E Saibam que o Leandro não morreu, pois ele ama o vinho e quem ama a amada em vinho e com vinho;tenham certeza,não morre nunca,envelhece,como um vinho no coração do amor onde se faz perene para toda a eternidade.Lembro o poetirmão Jaci Bezerra que nos diz em seu poema:Um dia capitão contarei essa história/ a quem distante ou perto afagar a minha mão/porque nova será no cofre da memória/ e uma certeza terei eu e terás tu então/ todos os portos podem ser saqueados só não pode o porto do coração.O Recife é uma cidade emparedada de amores escondidos e incontidos.Segundo pesquisa do Instituto DATACHAVES , na capital pernambucana, ninguém sabe de onde veio tanta água, porque segundo análise sócio-meteorológica em metro quadrado das casas chegando ao teto,os casais que nelas habitam são mais sozinhos e secos do que o SAARA e seu deserto.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=x0OpGBOUS0Y&w=420&h=315]

Reginaldo Rossi – Dia Do Corno