Prefeito Geraldo Julio inaugurou revitalização do equipamento nesta segunda-feira (16). (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
O Recife agora conta com um espaço ambiental, que agrega lazer, ciência e educação, totalmente estruturado para receber turistas e moradores. O prefeito Geraldo Julio inaugurou, nesta segunda-feira (16), a requalificação do Jardim Botânico (JBR), localizado no km 7,5 da BR 232, no Curado. Com um investimento de mais de R$ 2 milhões, o equipamento ganhou três jardins, áreas de exposição para cactos e bromélias, um núcleo de educação, três atrativos revitalizados, além de uma nova entrada e um posto da Brigada Ambiental. O espaço é um dos últimos remanescente de Mata Atlântica na cidade e já está aberto a visitações para estreitar os laços das pessoas com a natureza.
Acompanhado pela a primeira-dama do Recife, Cristina Mello, o prefeito percorreu as instalações do JBR e destacou o cuidado com que as obras foram realizadas. “A cada pequeno capítulo que a gente foi vendo ao entrar no Jardim Botânico, percebemos o carinho com que foram feitas as obras, os jardins, a entrada, a pintura. Tudo aqui foi feito pensado na acessibilidade, para que o cadeirante pudesse entrar nos locais. Se conseguirmos fazer as coisas que precisamos com o mesmo amor que foi feito no Jardim Botânico, estaremos fazendo muito bem à nossa cidade”, frisou Geraldo Julio.
Acompanhado pela a primeira-dama do Recife, o prefeito destacou o cuidado com que as obras foram realizadas. (Foto: Andréa Rêgo Barros/ PCR)
Uma das principais mudanças do parque está na sua entrada. Uma área de três hectares foi transformada em local de contemplação, com grama e bosques formados por palmeiras, plantas ornamentais e arbustivas, além do nome do Jardim Botânico em relevo. Essa frente também servirá para integrar o equipamento à vivência cultural do município. Isso porque ela foi projetada para abrigar exposições de arte que precisam de lugares amplos, como no caso de esculturas. Para facilitar o acesso, o local dispõe de caminhos em concreto atravessando a vegetação rasteira.
A Secretaria de Meio Ambiente também implantou os jardins de Plantas Medicinais, Palmeiras e Flores Tropicais. O primeiro logo se vê ao ultrapassar os portões de entrada. Ele abriga espécies utilizadas tradicionalmente na prática de cura, prevenção e tratamento de doenças. Já o segundo possui cerca de 20 tipos diferentes de palmeiras, que ocorrem tanto naturalmente nas florestas brasileiras como são trazidas de outros países. As nativas ficam próximas à mata e as exóticas, separadas por um passeio. As disposições foram pensadas para não interferir na preservação da reserva.
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De cores fortes e beleza rara, as flores tropicais chamam a atenção de quem passa próximo à administração do parque. Os canteiros reúnem cerca de 20 exemplares, entre dracenas, helicônias, marantas. Ao lado desse jardim, está o EcoNúcleo, uma unidade de Educação Ambiental, onde serão realizadas atividades para despertar a consciência ecologia em crianças, jovens e até adultos. O núcleo possui um laboratório com diversos aparelhos, que atendem tanto aos visitantes quanto aos pesquisadores da secretaria.
“Nós acreditamos que uma área verde só consegue ser preservada realmente se a população se apossar dela, ou seja, se as pessoas se sentirem donas do espaço, como no Parque da Jaqueira. Por isso, preparamos o Jardim Botânico para que ele passasse a fazer parte da vida dos recifenses”, ressaltou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa.
Três jardins, áreas de exposição para cactos e bromélias, um núcleo de educação e um posto da Brigada Ambiental estão à disposição dos visitantes. (Foto: Andréa Rêgo Barros/ PCR)
COLEÇÕES CIENTÍFICAS – Ainda foram construídos os espaços para expor as coleções científicas de cactos e de bromélias. Esse acervo tem a importante função de preservar a bio diversidade local – antes as plantas ficavam simplesmente dispersas no chão. A coleção de bromélias agora ocupa uma área de 360 m2, com bancadas em granito e rampas de acesso para cadeirantes. Lá, estão à mostra mais de 100 espécies inventariadas e registradas em catálogo nacional. Entre elas, destaca-se a Vriesea limae (Smith), que só encontrada em Pernambuco.
Quanto ao conjunto de cactos, ele ganhou um abrigo com bancadas amplas e um teto especial, que permite a passagem do sol para as plantas. A coletânea é composta por cerca de 20 espécies diferentes, que variam de grande a pequeno porte. Além da casa nova, as plantas receberam cuidados especiais para melhorar a vitalidade e resguardar o patrimônio genético. As cactáceas estão ao lado da área de apoio do viveiro florestal, onde serão minitradas aulas de jardinagem.
AMBIENTES REFORMADOS – Dos antigos atrativos do Jardim Botânico, foi o orquidário quem passou pela maior mudança. Teve a estrutura toda reformada, com melhorias na bancada, gradil, substituição de teto, pintura, construção de um deck ao redor, com área de contemplação e um pequeno mirante. E para alegria dos aficionados pelas flores, mais espécimes foram adquiridas. O acervo possui mais de 250 exemplares e tem caráter científico. Vale um olhar mais atento para a Cattleya Labiata (Lindlley), que está em vias de extinção.
O acervo possui mais de 250 exemplares de flores e tem caráter científico. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)



