Dilma, Lula x Eduardo: a batalha pelo domínio de PE

Do Diario de Pernambuco – Andrea Pinheiro
O Palácio do Planalto quer imprimir seu DNA no crescimento do Estado de Pernambuco registrado nos últimos anos e, para isso, não poupará esforços políticos e financeiros. A próxima investida é o Arco Metropolitano, cuja construção está orçada em R$ 1,5 bilhão, o que equivale a 20% do total do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) executado até outubro deste ano em todo o Brasil. A estratégia da presidente Dilma Rousseff (PT), com aval do ex-presidente Lula, é ter munição para derrotar o governador Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à Presidência, em seu Estado.Eduardo, por sua vez, já tem o antídoto pronto para confrontar a ação do governo federal.
Este é o cenário de guerra que antecede a campanha eleitoral que só vai começar em julho de 2014. Dilma, depois de cancelar visita ao Estado em novembro, pode vir para lançar o edital de licitação da via que contornará a Região Metropolitana, apontada como fundamental para a economia do estado. A presença da presidente colocará mais fogo na briga pela maternidade/paternidade das obras em Pernambuco e, consequentemente, pelo crescimento do Estado, um dos componentes da batalha entre PT e PSB. Os petistas se queixam de que Eduardo capitalizou os louros para si. Investimentos como refinaria, estaleiro, fábrica da Fiat, Transposição, Transnordestina e Adutora do Agreste entram na conta.
EDUARDO CONTRA-ATACA
Eduardo Campos se preparou para o debate sobre paternidade das obras e recursos investidos no Estado desde que o governo federal lançou mão de peças publicitárias para mostrar suas obras. O governador e aliados dele adotam o discurso de que os recursos têm apenas uma origem – os impostos pagos pelo povo – e que o mérito de tirar os projetos do papel é daqueles que conseguem executá-los. “Não acreditamos que os governos Lula e Dilma tenham discriminado os governos do Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, que são aliados. Por que eles não tiveram o mesmo ritmo de crescimento que Pernambuco?”, contesta um socialista.