PM pega 36 anos de cadeia por assassinato de juíza

 O tenente da Polícia Militar Daniel Santos Benitez Lopez, apontado pelo Ministério Público como um dos mentores do assassinato da juíza Patrícia Acioli, foi condenado na noite desta sexta-feira (6) a 36 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi anunciada pela juíza Ana Paula dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói no fim da noite, após as sete pessoas que formavam o júri popular considerarem o militar culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. A sentença determina ainda a perda da função pública do condenado.

Daniel é o sexto policial militar condenado pela participação no assassinato da magistrada e o que recebeu a maior pena até o momento. Outros cinco ainda aguardam julgamento, previsto para acontecer em abril de 2014. Um deles é o tenente-coronel Cláudio Oliveira, acusado pelo MP de ser o mandante do crime. A magistrada foi executada em uma emboscada montada na porta da casa dela, em Niterói, em agosto de 2011.

Júri tumultuadoA chegada de familiares do tenente Daniel Santos Benitez Lopez, acusado de planejar a morte da juíza Patrícia Acioli, ao 3º Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foi marcada por confusão nesta sexta-feira (6).

O tumulto começou quando os profissionais de imprensa tentaram se aproximar dos familiares para filmá-los. Um homem, então, atingiu um deles com um soco e tentou chutar outro, dando início a uma briga dentro do tribunal.

A Polícia Militar (PM), que reforçou a segurança para a realização do julgamento, interveio e retirou os envolvidos da sala de audiência. Após a confusão, Daniel simulou um princípio de enfarte e recebeu atendimento médico. Mas, um policial militar avisou à juíza Ana Paula dos Santos que o réu estava fingindo. A magistrada, então, manteve o julgamento.(Portal G1)