Pelo menos 19 pessoas foram detidas nesta terça-feira (19) em uma operação da Polícia Federal contra uma rede de pedófilos que produzia material pornográfico com crianças, compartilhava o conteúdo na internet e o distribuía a outros países. A operação começou na madrugada de hoje e mobilizou cerca de 400 agentes federais em Goiás, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão e Minas Gerais.
Conhecida como “Glasnost” (“transparência” em russo), a operação também prevê, mediante um acordo de cooperação com o FBI, a detenção de brasileiros que fazem parte da rede e vivem nos Estados Unidos.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Flavio Setti, foram expedidos 86 mandados de busca e apreensão, 30 de condução coercitiva e um de prisão preventiva.
A detenção dos 19 dos investigados foi justificada pela polícia depois de os agentes encontrarem imagens de pornografia e de abusos sexuais com adolescentes, crianças e até bebês nos computadores ou em memórias digitais dos acusados. “A investigação foi iniciada há dois anos. Começou com a prisão de outros pedófilos e com a menção a um site russo que seria utilizado para troca e divulgação de pornografia infantil para várias partes do mundo”, afirmou o delegado.
A investigação identificou quase cem pessoas envolvidas na produção e distribuição do material. A rede era integrada por pessoas de diversas idades e profissões, como um policial militar, um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), professores e o chefe de um grupo de escoteiros.
Exame.