
O presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, corre o risco de ser expulso da legenda, hoje à noite, sob acusação de infidelidade partidária, pelo fato de ter apoiado o então candidato do PSB à Prefeitura do Recife, Geraldo Julio, apesar de seu partido ter lançado o senador Humberto Costa.
A denúncia partiu do ex-vereador Dilson Peixoto, sob alegação de que o dirigente feriu o Estatuto e o Código de Ética da sigla. O fator desfavorável a Oscar é que a grande maioria dos 20 integrantes do diretório estadual faz parte da tendência “Construindo um Novo Brasil (CNB)”, liderada por Humberto.
O debate em torno da situação de Oscar movimentou os bastidores da legenda ontem (4). Nenhum petista e muito menos funcionários do partigo quiseram falar sobre o assunto. Por telefone, o presidente estadual da sigla, deputado Pedro Eugênio, confirmou a reunião marcada para a noite, mas avisou que não adiantaria nada sobre o resultado. “Recebi o requerimento na última sexta-feira de Dilson Peixoto e coloquei para discussão amanhã [hoje]. Não quero e não vou adiantar nada desse processo”, se esquivou o dirigente.
De acordo com o Estatuto do PT, se for mesmo expulso, Oscar Barreto ainda poderá concorrer à reeleição, no Processo de Eleição Direta (PED), no próximo domingo, sub judice, porque ainda poderá recorrer ao diretório nacional do partido. Também existe a possibilidade de a tendência a qual é ligado, a Democracia Socialista (DS), indicar outro nome para disputar o comando municipal da sigla.
Nos bastidores comenta-se que Oscar já prepara uma ofensiva diante dessa possibilidade de expulsão. O dirigente esteve reunido com o seu grupo político, durante a noite de ontem, quando teria firmado a interlocutores que não deixará barato esse processo contra ele.
Folha de Pernambuco.