Obama ganhou o Prêmio Pinóquio do ano

CARLOS CHAGAS

 O Prêmio Pinóquio da semana vai para o presidente Barack Obama. Aliás, da semana só, não. Do ano. Porque não dá para aceitar sem protestar as negativas do presidente dos Estados Unidos sobre estar o seu país espionando a França, a Alemanha e a Itália. Esses três países, por denúncia da imprensa européia, apenas agora entraram no rol das vítimas da bisbilhotagem, mas é claro que como muitos outros, inclusive o Brasil, há anos tinham tido seus principais governantes atingidos em sua intimidade.

A espionagem americana vem de muito tempo, mas aperfeiçoou-se com o avanço da tecnologia eletrônica. Não há um telefone, um e-mail, um aplicativo que a Agência Nacional de Segurança não invada. São milhões de intervenções, todos os dias.

Este preâmbulo se faz a propósito de uma de nossas principais deficiências. Que eles nos escutem, leiam e interpretem já é um absurdo, ficando pior quando se sabe carecermos de condições técnicas para impedi-los. O Brasil está 50 anos atrasado em matéria de satélites, que não produzimos nem poderíamos lançar, mas apenas alugamos.