A relojoaria suíça Romain Gauthier tem um caso de amor com o Brasil. Literalmente. Romain Gauthier, o dono da marca de luxo a que dá nome, é casado há 12 anos com uma carioca e sempre viajou ao país.

A empresa, porém, só desembarcou no Brasil recentemente. “Escolhemos o Brasil por ser um país onde a economia está crescendo, que vem despertando a atenção de grandes empresas e grifes. É grande a nossa expectativa quanto ao crescimento desse mercado”, afirma Gauthier. Hoje, a marca tem operações em dez países além da Suíça, incluindo Inglaterra, EUA, Japão e China.

A ideia é que 10% da produção anual da marca venha para o país. No mundo do luxo, isso pode significar bem pouco em números absolutos, o que reforça, por outro lado, o lado exclusivo. Gauthier explica que a fabricação anual do ateliê pode bater os 50 relógios.

“Fazemos a criação, o design, a fabricação das peças o acabamento e a montagem. O que nos torna superexclusivos”, conta. Os preços condizem com a afirmação e variam de R$ 100 mil a R$ 350 mil, apesar de, segundo o dono, serem bastante inflacionados por conta das taxas de importação. Por aqui, a marca não terá uma loja física, mas um representante atenderá o consumidor com hora marcada, para uma compra mais personalizada.

Gauthier admite que o fato de a grife ser relativamente desconhecida do grande público é um desafio, mas confia no próprio taco. “Nós somos uma marca de produtos excepcionais conhecida pelos maiores colecionadores do mundo. O mercado brasileiro é jovem e começa a se abrir para as marcas estrangeiras, talvez por isso seja mais sensível às grandes marcas, o que é normal. Nós fazemos a diferença pelo lado humano”, fala.

A marca traz ao Brasil seu carro-chefe, o Logical One. “É um relógio excepcional, completamente diferente de tudo já lançado até hoje no mundo e inovador. É o primeiro relógio em que é possível dar corda apertando um botão. Ele caracteriza bem a evolução da tradição da relojoaria, tanto que temos quatro brevês registrados em seu nome”, afirma.

fonte: brasilFORBES