Gilberto Carvalho critica campanha do PMDB baiano
Ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho disse na manhã deste sábado que quem está no comando do governo “não sossega nunca”. A afirmativa foi feita enquanto Carvalho comentava a campanha do potencial candidato ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima, veiculada na televisão e no rádio. Na propaganda do PMDB, Geddel enalteceu o PSDB e criticou o governo petista de Jacques Wagner. Sobre Geddel, que é vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Carvalho afirmou estranhar o comportamento do aliado.
“Quem está no governo, em tese, está em aliança com o governo e, em tese, deve defender o governo”, disse Carvalho. “É absolutamente estranho que alguém faça isso”. Apesar da declaração, o ministro tentou minimizar as críticas de Geddel: “Agora começa um nervosismo típico pré-eleitoral. Se pensar bem, a gente não tem sossego nunca. Quem está no governo sabe disso. Por isso não é bom ficar muito tempo, é cansativo”.
A afirmativa de Geddel é só mais um capítulo do desgaste entre o PMDB e o PT. Conforme mostrou a edição de VEJA, o vice-presidente da República, Michel Temer, ameaçou acabar com a aliança entre as legendas. No Congresso Nacional, a relação também se mostra enfraquecida, o que levou a presidente Dilma Rousseff a intensificar o diálogo com os parlamentares da base para acalmar os ânimos.
(Marcela Mattos, de Brasília)
Dilma deve anunciar hoje novo procurador da República
Com a despedida de Roberto Gurgel do comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), a presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta sexta-feira o nome do seu substituto. Nesta quinta, após retornar da viagem ao Paraguai, a presidente Dilma se reuniu com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams.
Está nas mãos da presidente a lista tríplice encaminhada pela associação dos procuradores, que apresenta como os preferidos pela categoria, após votação, os nomes dos subprocuradores-gerais da República Rodrigo Janot, Ela Wiecko e Deborah Duprat, nesta ordem.
Depois das conversas com os ministros, a presidente decidiu ainda fazer mais consultas. De acordo com interlocutores, Dilma havia manifestado a intenção de escolher uma mulher para o cargo, mas quer ter certeza de que esta será também a escolha mais certa tecnicamente.
(Com Estadão Conteúdo)
Bate-boca entre ministros quase termina em pancadaria
As cenas de bate-boca entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski em plenário não são nenhuma novidade no julgamento do mensalão, que se arrasta desde agosto do ano passado. Porém, a briga protagonizada pela dupla de ministros na tarde desta quinta-feira por pouco não chegou às vias de fato.
Depois de encerrar a sessão, já com com os microfones desligados, Barbosa continuou criticando Lewandowski, que reagiu. A confusão seguiu para a sala privativa dos ministros, na antessala do plenário, e só terminou com a intervenção de outros integrantes da corte e auxiliares dos magistrados, temerosos por cenas de pugilato.
CCJ adia cassação do mandato de Donadon
Após quase duas horas de reunião, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a decisão sobre a perda do mandato do deputado Natan Donadon (RO), preso desde o dia 28 de junho pelos crimes de formação de quadrilha e peculato. O deputado Vladimir Costa (PMDB-PA) pediu o adiamento da sessão. Ele alegou estar afastado há três meses da Câmara por questões de saúde e que precisaria de tempo para estudar o caso. O processo de cassação voltará a ser avaliado na próxima quarta-feira.
Com o adiamento, Donadon voltou a ganhar tempo: ele está preso há um mês e meio, mas ainda detém o mandato. Com isso, mantém o direito de ficar em uma cela isolada dos demais detentos no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
Na próxima semana, os parlamentares não poderão pedir novo adiamento da votação na CCJ. Se aprovada a cassação, o processo de Donadon ainda terá de ser submetido ao aval do plenário para que o parlamentar seja, enfim, desligado da Câmara.
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Reinaldo Azevedo: É possível haver parlamentar sem direitos políticos?
(Marcela Mattos, de Brasília)
Câmara devolve simbolicamente mandatos de Jorge Amado e mais 13 cassados em 1948
Em ato simbólico, o plenário da Câmara dos Deputados devolveu nesta terça-feira os mandatos parlamentares de 14 deputados federais do PCdoB cassados em 1948. Entre os homenageados estão o escritor Jorge Amado e o terrorista Carlos Marighella.
Os parlamentares foram eleitos em 1945 para a Assembleia Constituinte de 1946 e cassados três anos depois, em 1948. Além de Amado e Marighella, receberam simbolicamente seus mandatos de volta Maurício Grabois, um dos fundadores do PCdoB, João Amazonas, Francisco Gomes, Agostinho Dias de Oliveira, Alcêdo de Moraes Coutinho, Gregório Lourenço Bezerra, Abílio Fernandes, Claudino José da Silva, Henrique Cordeiro Oest, Gervásio Gomes de Azevedo, José Maria Crispim e Oswaldo Pacheco da Silva.
A devolução dos mandatos aos deputados cassados é possível porque uma decisão da Câmara tomada em março deste ano anulou resolução da Mesa Diretora da Casa, adotada em 10 de janeiro de 1948, que havia acabado com os mandatos dos deputados federais filiados ao PCdoB.
Esse cara sou eu

Ao saber que o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) quase foi barrado na entrada de uma reunião no Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia contou a integrantes da Rede Sustentabilidade que quase foi impedida de participar da cerimônia de posse do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra chegou ao evento em um carro particular e foi impedida de entrar por um segurança.
–Mas eu sou ministra do Supremo Tribunal Federal. Eu preciso estar lá para a posse — protestou.
–E eu sou o Roberto Carlos — respondeu o segurança. (Folha de S. Paulo – Vera Magalhães)
