“Toda cesta básica deveria ter arroz, feijão, macarrão e livro”
A Revista Bandeira é a publicação oficial da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O primeiro número da revista apresenta a proposta de mesclar conteúdo educativo e informativo sobre literatura.
O lançamento aconteceu na quarta-feira, dia 31 de agosto, no auditório da Livraria Cultura do Paço Alfândega, e contou com a participação da editora da revista, Mariana Oliveira, da repórter Clareana Arôxa, do coordenador de programação da Bienal, Wellington de Melo, e do diretor da Cia de Eventos, realizadora da Bienal, Rogério Robalinho. Também esteve presente a portuguesa Andreia Joana Silva, da editora francesa Cephisa Cartonera.
A publicação oficial da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco chega ao mercado com a proposta de trazer conteúdos educativos junto com matérias e artigos do universo literário. “Vamos fazer do Brasil um país de leitores, porque livro é gênero de primeira necessidade. Toda cesta básica deveria ter arroz, feijão, macarrão e livro”. A frase foi dita pelo escritor e cartunista Ziraldo durante entrevista concedida à revista Bandeira.
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O criador do Menino Maluquinho, Ziraldo, capa da primeira edição, está completando 80 anos e é homenageado. “Ele está em plena forma física e criativa, para a alegria dos fãs que acompanham o seu trabalho”, comenta Rogério Robalinho. Ainda de acordo com ele, a revista tem como foco ampliar o debate dos assuntos que serão discutidos na Bienal, compondo ainda um novo meio de divulgação para parceiros e apoiadores. “Estamos satisfeitos com os resultados obtidos e vamos dar continuidade ao trabalho. A revista será publicada trimestralmente e a próxima edição vai abordar os assuntos que serão tratados na Bienal 2013”, enfatiza.
O primeiro número está bem recheado. Entre as matérias, a participação brasileira na Feira do Livro de Frankfurt, uma entrevista com a escritora Betty Milan, o crescimento do mercado de e-books, a biblioteca comunitária do Poço da Panela, o projeto Concerto de Leitura da Escola pública Oswaldo de Lima, além de resenhas e artigos. O professor e escritor Wellington de Melo, por exemplo, faz uma crítica construtiva ao ensino da literatura no ensino médio no Brasil. O docente leva o leitor à reflexão de que é preciso compreender os autores, não apenas a época histórica em que eles viveram. Para ele, “a busca pelo pragmatismo do ensino, que descamba em um tecnicismo tardio, é uma praga de nossa era antirrenacentista”.
A Revista Bandeira se insere num nicho editorial criado pela força da Bienal pernambucana. Servirá como um instrumento de difusão de cultura literária e divulgação dos parceiros e dos debates que têm seu ápice no evento, que este ano acontece entre os dias 04 e 13 de outubro.
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