Exposição de russo comunista no Rio

Depois de percorrer várias cidades do país, chega ao Rio de Janeiro a exposição que revela ao público brasileiro a obra do lituano Antanas Sutkus, considerado um dos maiores fotógrafos da antiga União Soviética e um dos mais expressivos do século 20. A mostra, no Centro Cultural Correios, poderá ser visitada até o dia 14 de julho.

De acordo com a Agência Brasil, são cerca de 100 imagens em preto e branco que trazem a marca do trabalho de um artista que contradizia a estética do regime comunista. Em vez do coletivismo das massas, Antanas Sutkus, criador da Sociedade de Arte Fotográfica de Vilnius, a capital da Lituânia, tinha como interesse principal a vida cotidiana, a expressão particular de cada um dos indivíduos.

Cada imagem contém uma dose de subversão com a doçura do olhar deste fotógrafo excepcional”, disse o curador Luiz Gustavo Carvalho. De acordo com o próprio artista, no texto de apresentação da mostra, “problemas existenciais eram e continuam a ser o mais importante para mim”.

No Brasil, a exposição “Antanas Sutkus: Um Olhar Livre” já percorreu as cidades de Fortaleza, Salvador, Tiradentes (MG), Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e São Paulo. O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro do Rio.

 

Arte digital, urbana e democrática

Arte para todos os cariocas. Essa é a proposta da Urban Arts Rio, primeira filial que a rede de galerias Urban Arts, pioneira no ramo das artes digitais, inaugura no estado. Com curadoria de Paula Multedo, a nova galeria pretende divulgar novos artistas e incentivar o mercado local com preços que cabem no bolso. O novo endereço, na Gávea, abriu as portas com a exposição “Rio de Todos os Santos”, do artista plástico J. Batista.

Segundo Renata Saavedra, do site da secretaria de Estado de Cultura do Rio, a Urban Arts foi criada em 2009 pelo designer André Diniz, como uma galeria virtual, e ganhou o primeiro espaço físico em 2011, na cidade de São Paulo. Desde então, vem crescendo e conquistando novos artistas e apreciadores e consumidores de arte. A galeria já conta com mais de 900 artistas cadastrados e a loja do Rio é a nona filial. Em apenas dois anos, a Urban Arts coleciona três lojas na cidade de São Paulo, e chegou também a Campinas, Sorocaba, Natal, Teresina e Porto Alegre. A aguardada filial carioca, antes mesmo de inaugurar, já possui mais de 12 mil fãs em sua página no facebook.

Paula Multedo, proprietária da loja da Gávea, comemora a conquista: “Ter uma galeria de arte “comum” já seria um sonho realizado, mas abrir a Urban Arts foi além das expectativas quando descobri que além de comercializar eu poderia estar incentivando grandes talentos ainda desconhecidos a virem à tona e mostrar ao que vieram! Essa é a alma da Urban Arts, pois comercializando os trabalhos por um preço acessível, a arte se torna viável a todos que são apaixonados por coisas belas”.

Seguindo o conceito de exposições sensoriais, a galeria contará com diferentes atrações – pocket shows, livrarias ambulantes, artistas circenses, etc., propiciando diversas formas de interação com a arte. “Nossas exposições sempre buscam sair do óbvio, queremos criar atmosferas. Buscamos um tema em conjunto com o artista e trabalhamos firme em cima dele criando um “mundinho” que passe das “telas na parede”, explica Paula. As exposições serão trimestrais.

A primeira exposição da Urban Arts em solo carioca é “Rio de Todos os Santos”, com telas do artista plástico João Paulo Batista, que assina J. Batista. Aos 16 anos de idade, João começou a frequentar cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Formado em Desenho Industrial, ele retrata sobretudo personagens cariocas e nordestinos – nessa exposição, os protagonistas são santos populares. Daltônico, o artista pinta peças altamente coloridas, utilizando sempre a mesma combinação de cores. A mostra fica em cartaz até setembro. A galeria fica na rua Marquês de São Vicente, 188, Gávea, e funciona de segunda a sábado, de 10h às 19h.

 

Bande Dessinée sai em turnê por oito cidades do Brasil em julho

 Misto de retrô e contemporâneo, a Bande Dessinée sai em turnê por oito cidades brasileiras a partir do dia 11 de julho. Marcada por influências da música francesa e inspirada no universo da música pop daquele país nos anos 1960 e 70, mas com letras e identidade atuais, a banda pernambucana se apresentará em Salvador, no dia 11/7; Campinas (SP), em 12/7; São Paulo, 14/7; Brasília, 15/7; Rio de Janeiro, 17/7; Belo Horizonte, em 18/7; João Pessoa, em 27/7, e Recife, em 4/8.

O repertório dos shows tem como base o primeiro CD do grupo, Sinée Qua Non, lançado em 2011. São músicas cantadas em português, italiano e francês, compostas por Filipe Barros – vocalista e guitarrista da banda – e outros artistas da música contemporânea de Pernambuco, como Zé Cafofinho, Juliano Holanda e Jr. Black. Após a temporada, a banda começará a gravar o seu segundo CD e pode apresentar algumas das novas músicas nos shows.

O som do grupo é dançante, com balanço e porções bem dosadas de jazz, iê-iê-iê, rock, surf music, além de influências de artistas como Brigitte Bardot e Serge Gainsbourg. A Bande Dessinée interpreta alguns sucessos do pop francês durante o show, como Tu Veux Ou Tu Veux Pas, Cha-Cha-Cha Du Loup e Belleville Rende-vouz. Esta última da trilha do filme Bicicletas de Belleville (de Sylvain Chomet, 2002).

A formação da Bande Dessinée, cujo nome significa história em quadrinhos em francês, é a seguinte: Clarice Mendes (voz), Thiago Suruagy (bateria), Miguel Mendes (baixo), Marcio Oliveira (trompete), Filipe Barros (guitarra e voz) e Ed Staudinger (teclado).

Saiba mais no site da turnê: www.bandedessinee.com.br/tour2013