A palavra de ordem é paz

Estado extremamente politizado, berço de grandes e históricas batalhas, Pernambuco volta às ruas, hoje, num ato que promete ferver Recife. Estima-se que mais de 50 mil pessoas participem da manifestação contra tudo.

Aumento de passagem, corrupção, volta da inflação, obras superfaturadas e o luxo da Copa, saúde de péssima qualidade e educação ineficiente são algumas bandeiras. Como no resto do País, a cara do protesto de hoje é estampada pela jovialidade.

Aos que imaginavam que os jovens brasileiros andavam alienados, com a consciência política adormecida, a esta altura mudaram de opinião. Seja em São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte ou Porto Alegre, o que se viu foi uma multidão de jovens pacificamente cobrando um País melhor, mais justo e menos desigual.

Se houve baderna em alguns centros, isso partiu de grupos infiltrados, porque não há esse objetivo. O reajuste das passagens de ônibus foi apenas uma isca lançada para o brasileiro romper a inércia e bradar pelas ruas o eco do inconformismo contra todas as políticas públicas de péssima qualidade no País.

Historicamente, as maiores conquistas se deram nas ruas, de forma soberana, sem derivar para badernas e quebra-quebra. Não precisamos disso e nem é esse o caminho mais adequado.

Por isso, Recife tem que dar ao País, hoje, o exemplo de que é possível dobrar os poderosos pela palavra, pela força do grito reivindicatório, reunindo o maior número possível de manifestantes num ato ordeiro, vibrante, emocionante e belo.

A praça e as ruas são do povo e é por elas, andando com bandeiras e faixas, que os pernambucanos clamarão, como os brasileiros de outras capitais, por mudanças.

O Brasil maravilha de hoje é uma grande mentira vendida por um Governo lerdo, dócil com os corruptos e lento com reformas que adormecem no Congresso há anos.

fonte:blogmagno

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