O pronunciamento de um parlamentar sul-mato-grossense reavivou o debate sobre a necessidade de contratação de médicos estrangeiros por parte do Governo Federal. Luiz Henrique Mandetta (DEM) valeu-se de pouco mais de nove minutos para criticar a disponibilização de vagas no sistema público de saúde para profissionais de outros países.
Mandetta afirma que o governo Dilma Rousseff (PT) amarga altos índices de desaprovação quando o assunto é saúde pública, números que, segundo ele, chegam próximos aos 80%, uma realidade que agora, em ano pré-eleitoral, vai ser maquiada pela publicidade do Planalto.
Sim, maquiada, afinal de contas, propaganda ainda é a alma do negócio. O Governo Federal insiste em incitar na população a falácia de que “quanto mais médico, melhor”. Errado! O correto deveria ser “quanto mais saúde, melhor”.
De acordo com o parlamentar, há uma estimativa de que três requisições de exames são geradas a cada atendimento realizado. Não é novidade que o maquinário do sistema público de saúde está muito aquém do que deveria para atender tal demanda. O resultado dessa operação é simples: pacientes que precisam de uma ressonância magnética, por exemplo, têm que esperar, no mínimo, um ano.
Eis que surge a equipe de ministros da presidente Dilma Rousseff com a solução para todos os problemas da saúde brasileira: vamos importar mão-de-obra! Se os daqui não querem trabalhar para o Sistema Único de Saúde, então que venham os de fora.
Mas por que é tão difícil implantar um projeto de valorização do profissional da saúde no Brasil? Por que é tão trabalhoso cuidar do nosso próprio jardim? Será que não vale a pena investir num plano de carreira atrativo e, com isso, estimular nossos profissionais a cuidarem do nosso povo?
Abrir as portas para profissionais de outros países é um ato digno de aplausos, sempre, desde que a demanda interna esteja sendo atendida e cuidada com o carinho e o respeito que o brasileiro merece. O debate é importante e necessário.
Vai-não-vai – O Senado Federal anda ocupado com a ‘PEC das Domésticas’. O entrave é causado devido ao relatório apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB), que prevê, dentre outros, aumento de despesas para com a previdência social caso seja aprovada a alíquota do INSS a ser paga pelo empregador. A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) se disse preocupada com a ideia do peemedebista que, em sua defesa, argumenta que o governo se beneficiaria com o maior número de contribuintes dado ao aumento no número de carteiras a serem assinadas. E segue o impasse…
Previsão – Em entrevista à Rádio Jornal, o deputado Silvio Costa Filho (PTB) disse ser “evidente” que Danilo Cabral, secretário estadual das Cidades, não será um dos nomes cotados ao Palácio do Campo das Princesas. De acordo com o trabalhista, ‘o governador viu o tamanho de Danilo quando chamou ele para ser prefeito de Ipojuca e ele não quis’.
Corte – A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) anunciou para o dia seis de junho o início do seu Programa de Demissão Voluntária. A empresa alega que enxugar a folha de pessoal foi a única medida encontrada para enfrentar a Medida Provisória 579, que prorrogou por 30 anos as concessões do setor elétrico e forçou as companhias a reduzirem as contas de energia e gastos supérfluos.
Abaixo da média – A Prefeitura de São Vicente Ferrer teve dois dos seus projetos reprovados pela equipe do Governo do Estado responsável por analisar a liberação de recursos do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM). A rejeição explicita a deficiência técnica dos profissionais envolvidos nos referidos projetos, uma realidade na maioria dos municípios do interior.
CURTAS
Dinheiro tem – O prefeito de Paulista, Junior Matuto (PSB), recebeu do deputado Raul Henry (PMDB) duas emendas orçamentárias que juntas somam R$ 1 milhão. Os recursos deverão ser usados nas áreas da saúde e infraestrutura, dois setores carentes de atenção no município.
Rebelde – Líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha negou que a CPI da Petrobras seja uma retaliação ao Governo Federal e classificou como um “erro” as tentativas de membros da base aliada de quererem enquadrá-lo como a ovelha negra da família.
Perguntar não ofende: Como terá sido o dia de Renan Calheiros como presidente do Brasil?
fonte:blogmagno