PELA ESTRADA
FORA DA PAUTA – O governador Eduardo Campos teve, sim, uma conversa reservada com Dilma em Suape, antes da entrega simbólica do segundo navio construído pelo estaleiro Atlântico Sul, mas, segundo um dos seus interlocutores, em momento algum trataram de política. A pauta foi administrativa com ênfase em projetos federais em andamento no Estado, mas de forma lenta, como a Transposição e a Transnordestina.
O fato e a realidade –
O tratamento que a mídia em geral deu para a inauguração oficial da Arena da Copa passou a sensação de que tudo saiu perfeitamente, dentro do figurino. Mas não foi bem assim. Reportagem do Bom dia, Pernambuco, da TV-Globo, apontou as falhas de logística e principalmente na infraestrutura de acesso ao local, com cenas de apedrejamento do metrô.
Dedo de Renan – A propósito do comentário de ontem, no qual destaquei a influência do ministro Fernando Bezerra para dobrar Dilma a editar uma nova MP liberando o subsídio para o trabalhador da cana no Nordeste, a assessoria do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informa que ele teve papel fundamental no processo. As lideranças do setor confirmam a informação.
Piscina natural – Com apenas 30 minutos de chuva ontem, alguns bairros do Recife ficaram inundados, numa demonstração, mais uma vez, de que a Prefeitura não priorizou a desobstrução das galerias e a limpeza dos canais. E o pior é que a metereologia aponta que vêm mais chuvas torrenciais por aí, devendo se prolongar até final de julho.
Sem autoridade –
O que a presidente Dilma manda fazer a sua equipe da área econômica faz beicinho. Que o digam os governadores do PMDB que acertaram com ela a liberação de empréstimos junto ao Banco do Brasil e ao BNDES. No jantar na casa do vice-presidente Michel Temer, os governadores só não chamaram de arroz doce o ministro Guido Mantega e o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
CURTAS
ENCONTRO – Mais de 300 vereadores do PSB em Pernambuco têm encontro agendado com o governador Eduardo Campos na próxima segunda-feira no seminário estadual do partido. Será no Mar Hotel, começando pela manhã. A palestra final será deste blogueiro sobre o uso da internet na ação parlamentar.
Perguntar não ofende: Os trabalhadores da cana vão mesmo ver a cor do dinheiro prometido pela presidente Dilma?
Eduardo já tem até um vice do PSB para Alckmin em 2014
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), conversou com Campos sobre a ideia de o deputado Márcio França (SP) ser vice de Alckmin em 2014. Segundo aliados, o governador de Pernambuco encampou o pleito. A informações é de Vera Magalhães, na sua coluna de hoje na Folha de S.Paulo.
Informa ainda a colunista que o censo do PSB com os diretórios municipais de SP sobre o apoio à candidatura de Eduardo Campos será via internet. Delegados responderão no site da sigla para agilizar o resultado, mostrar que ele tem apoio e não desistiu de concorrer.
Reza forte
Conta Leandro Mazzini, na sua coluna Esplanada que, na véspera de a presidente Dilma e toda a imprensa nacional conhecer a arena Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB) se blindou: anunciou no Domingo o fim do racionamento de água no grande Recife.
Quem revela é a médium: Campos acionou a Fundação Cacique Cobra Coral, de Adelaide Scritori, que faz trabalhos de controle do tempo, para mandar chuva forte. Ela incorpora o cacique e faz trabalhos espirituais a pedidos de políticos há décadas.
Agora pode: ficha suja pode botar parente em seu lugar O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem que o ex-prefeito de Paulínia (SP) Edson Moura (PMDB) agiu dentro da lei ao manobrar para eleger em seu lugar Edson Moura Júnior (PMDB), seu filho, na eleição de 2012. Na prática a decisão do TSE cria jurisprudência e abre brecha para que políticos com a ficha suja coloquem parentes na última hora como candidatos. Essa fórmula foi revelada pela Folha em 13 de fevereiro último.
De acordo com dados apurados pela Folha de S.Paulo, em pelo menos 33 cidades candidatos que corriam o risco de ser barrados pela Lei da Ficha Limpa em 2012 desistiram em cima da hora e elegeram filhos, mulheres e outros familiares.
Em alguns casos, os nomes e fotografias dos fichas-sujas continuaram sendo exibidos nas urnas eletrônicas, mas os votos foram computados para as pessoas que os substituíram como candidatos. (Informações da Folha de S.Paulo – Fernando Rodrigues)