
No embalo da projeção que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) alcançou junto ao eleitorado conservador e evangélico depois das pirotecnias na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o líder da sigla, André Moura (SE), subirá à tribuna nesta terá-feira (14) para anunciar o lançamento da pré-candidatura a presidente da República do vice-presidente do partido, pastor Everaldo.
E avisa que, em 2014, o PSC vai desfalcar a aliança que sustenta a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) com seu 1 minuto e 44 segundos de tempo de TV e 17 deputados.
Estrela em ascensão no PSC depois de ser bombardeado com acusações de homofobia, mas ganhar a queda de braço na presidência da CDH, Marco Feliciano comemora, com uma pontinha de orgulho, a ajuda que teria dado para projetar o partido.
“Acabei sendo um ‘plus’ a mais. Esse bombardeio acabou projetando o partido. Todos os candidatos assediam os evangélicos nas vésperas de eleição, mas em 2014 a conversa vai ser diferente. Dependendo do discurso do pastor Everaldo, ele pode trazer a maioria do eleitorado evangélico, hoje cerca de 26 milhões de pessoas. E ainda tem os conservadores, que mesmo não sendo evangélicos, acabaram se aproximando muito da gente”, comemora Feliciano.
Um dos maiores prejudicados, diz, poderá ser o PT da presidente Dilma, que contou com o apoio do PSC na eleição passada. “Foi um tiro no pé de todos que tentaram me derrubar, inclusive o PT. Mas a presidente Dilma não se manifestou. Através do seu silêncio mandou seu recado. Mas, para nós, acabou a brincadeira. Nossa candidatura a presidente é para valer, não é para negociar, não somos legenda de aluguel”, diz Feliciano.
O líder André Moura diz que foi da executiva nacional a decisão de lançar a pré-candidatura a presidente, e que, logo após a decisão, o pastor Everaldo teria colocado seu nome à disposição. “O pastor Everaldo vai começar a atender a uma agenda de viagens pelo país para se reunir com segmentos organizados da sociedade, não só ligados a igreja. Não estamos mirando só o eleitorado evangélico, que é fiel e sai de casa para votar”, diz André Moura.
Fonte: O Globo