Ao depor quarta-feira (8) na Polícia Federal em São Paulo sobre denúncias de que dinheiro do mensalão teria sido usado para cobrir despesas pessoais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o empresário Freud Godoy – ex-assessor do ex-presidente – abriu mão de seu sigilo bancário.
Ao final do depoimento, que durou cerca de quatro horas, o delegado que o ouviu fez uma pergunta. “O senhor abre mão do seu sigilo?”. Freud respondeu “abro” e assinou embaixo o compromisso.
Ele reiterou o que havia dito em depoimento anterior no inquérito do mensalão – exibiu cópia daquelas declarações. Reafirmou que o cheque de R$ 98,5 mil que sua empresa, Caso Sistemas de Segurança – contratada pelo PT para organizar comícios -, recebeu da SMP&B, agência de Marcos Valério, operador do mensalão, era referente a eventos da campanha de 2002.
Freud negou que tenha pago despesas pessoais de Lula. Sua mulher e sócia, Simone, depôs por uma hora. Ela disse que, ao final da campanha, não presenciou pagamentos. Estava afastada da administração da empresa, em repouso absoluto, por causa da gravidez.
Fonte: Exame.