Transformar é a ordem – Durante uma feira de ciências em Alexandria, uma adolescente apresentou uma nova tecnologia, capaz de transformar os polímeros do plástico em biocombustível. A inovação, que resultou de muitas pesquisas, pode resolver o problema do descarte inadequado de plásticos e ainda reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Tudo começou na sala de aula, quando, indignada com a quantidade de plástico consumida em seu país, Azza Abdel Hamid Faiad realizou uma pesquisa para viabilizar a transformação do material sintético em biocombustível. Ao longo das experiências, a egípcia usou um catalisador para processar o plástico e transformá-lo em um combustível reciclado.
A substância utilizada pela estudante é a bentonita de cálcio, que tem o poder de quebrar os polímeros do plástico ao ser aquecida em altas temperaturas. Ao longo do processo, são liberados gases que transformam o material em etanol, matéria prima do biocombustível. Como resultado, a experiência realizada por Azza culminou em um combustível verde mais potente que os convencionais, podendo ser classificado pelos especialistas como superbiocombustível.
Até o momento, ainda não há uma data estimada para que o composto comece a ser fabricado em larga escala. No entanto, pesquisadores britânicos vêm aprimorando a tecnologia criada em Alexandria, que já rendeu vários prêmios internacionais para Azza.
O sucesso do biocombustível criado pela estudante surpreendeu muita gente ao redor do mundo, uma vez que o Egito passa por momentos sociopolíticos delicados, e ainda segue se reerguendo da ditadura do ex-presidente Hosni Mubarak. De acordo com a Siemens, a alternativa desenvolvida por Azza pode trazer lucros imensos para a indústria de biocombustíveis no futuro.
(Com informações do CicloVivo e do Green Prophet)