Os 12 torcedores corintianos acusados de participação na morte do torcedor boliviano Kevin Beltran continuam detidos em Oruro, na Bolívia, em uma prisão insalubre junto com ladrões, traficantes e estupradores. A constatação foi feita pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que retornou hoje (27) daquele país.
Kelvin Beltran foi atingido por um tiro de sinalizador que teria partido da torcida corintiana, em fevereiro, durante o jogo entre San José e Corinthians. Ferraço voltou da viagem com a impressão de que o governo brasileiro – pelos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça – terá que ‘elevar o tom’ com o governo boliviano sob pena dos torcedores ficarem lá eternamente.
O presidente da CRE conversou com o embaixador do Brasil no país, Marcel Fortuna Biato, e está convicto de que, por lá, as autoridades brasileiras já chegaram ‘ao limite’ do que poderiam fazer pelos torcedores do clube paulista. Ricardo Ferraço agendou, para quarta-feira (3), uma audiência para tratar do assunto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No dia seguinte, está prevista audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, com o chanceler Antônio Patriota.