“Falando a linguagem do povo”

 

Ricardo STUCKERT/fotoFoto: Tenho a impressão de que Dilma Rousseff estreou em João Pessoa o estilo com que vai ser candidata à reeleição. Ela não citou nenhuma palavra ou tema complexos sem fazer uma comparação popular para tornar o assunto compreensível ao povo.  Chegou até a falar em “tomar uma cervejinha”… O inspirador desse modelo a gente sabe quem é: o Lula. Mas pelo que Dilma mostrou em João Pessoa ela está muito à vontade nesse novo papel.  Eu estava lá e fiz uma matéria sobre isso, publicada no Diario de Pernambuco desta terça-feira. [Foto de Ricardo Stuckert Filho] </p><p>				Ói ela aí!*</p><p>        Quem viu Dilma Rousseff na campanha presidencial de 2010 e a viu ontem em João Pessoa inevitavelmente terá percebido uma grande diferença entre uma e outra. A de ontem estava completamente à vontade ao discursar,  procurando traduzir para o povo os temas ou palavras mais complexas.<br />	Ao falar das retroescavadeiras entregues aos prefeitos, por exemplo, ela disse: “Nós depois vamos entregar também motoniveladoras e caminhões caçamba, para que os prefeitos possam construir suas estradas - estradas onde passam os estudantes para as escolas, onde passam as pessoas para o trabalho, onde passa o alimento de todos”.<br />	Sobre os apartamentos do Conjunto Jardim Veneza, que entregou ontem, ela começou dizendo que, “como mulher”, quis entrar antes nas habitações para ver como estava o chão, as paredes da cozinha, o acabamento de tudo - e, se não estivesse bom, para reclamar com o construtor.  A casa não era só um espaço físico, mas um lar, acrescentou: “Um lugar para criar os filhos, receber amigos, conversar e também para tomar uma cervejinha”.<br />	O ponto alto dessa versão Dilma falando a linguagem do povo ocorreu nas últimas palavras do seu discurso, antes de viajar para Itatuba (a 106 km de João Pessoa), onde cumpriria a segunda parte de sua agenda na Paraíba. “Sabe uma das coisas que me deixou feliz ao chegar aqui?”, perguntou ela. “Passar pelos lugares e escutar: Ói ela aí!” </p><p>*Em razão de espaço, no jornal o título foi outro: "Falando a linguagem do povo"

Quem viu Dilma Rousseff na campanha presidencial de 2010 e a viu ontem em João Pessoa inevitavelmente terá percebido uma grande diferença entre uma e outra. A de ontem estava completamente à vontade ao discursar, procurando traduzir para o povo os temas ou palavras mais complexas.
Ao falar das retroescavadeiras entregues aos prefeitos, por exemplo, ela disse: “Nós depois vamos entregar também motoniveladoras e caminhões caçamba, para que os prefeitos possam construir suas estradas – estradas onde passam os estudantes para as escolas, onde passam as pessoas para o trabalho, onde passa o alimento de todos”.
Sobre os apartamentos do Conjunto Jardim Veneza, que entregou ontem, ela começou dizendo que, “como mulher”, quis entrar antes nas habitações para ver como estava o chão, as paredes da cozinha, o acabamento de tudo – e, se não estivesse bom, para reclamar com o construtor. A casa não era só um espaço físico, mas um lar, acrescentou: “Um lugar para criar os filhos, receber amigos, conversar e também para tomar uma cervejinha”.
O ponto alto dessa versão Dilma falando a linguagem do povo ocorreu nas últimas palavras do seu discurso, antes de viajar para Itatuba (a 106 km de João Pessoa), onde cumpriria a segunda parte de sua agenda na Paraíba. “Sabe uma das coisas que me deixou feliz ao chegar aqui?”, perguntou ela. “Passar pelos lugares e escutar: Ói ela aí!”

fonte:DP/Vandeck Santiago

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