Dilma, Paulo Coelho e a tigrada literária.

Do crítico literário e escritor Nelson Ascher, que conhece bem essa tigrada (em seu facebook):
 
 
Parece que Paulo Coelho apóia Dilma e é contra o impeachment. O que isso quer dizer?
 
Que ele será o homenageado da Flip ano que vem. Vai virar leitura obrigatória na Fefeleft, Puc, Unicamp e tudo que é curso de Letras. Vai ser publicado em edições de luxo da Companhia das Letras com prefácio de Roberto Schwarz, apresentação de Davi Arrigucci Jr., posfácio de Raduan Nassar, orelha de Milton Hatoum e, claro, contracapa de Antonio Candido (mais 200 signatários). Vai ganhar coluna diária na pág. 2 da Folha, na contracapa da Ilustrada e capa em todas as próximas edições da Piauí. Vão lhe dar programas também diários na Globonews e TV Cultura. Seus livros serão musicados por Chico Buarque e cantados por todas as cantoras dos mais diversos sexos. Lula, Dilma e os juristas do Largo de São Francisco farão lobby permanente junto à Academia Sueca até ele ganhar o Nobel de Literatura (e tanto o de Medicina pela função terapêutica de sua obra quanto o de Química pelo Alquimista). Os críticos esquerdistas falarão dele sem cessar, rasgando-lhe elogios, mas obviamente não vão lê-lo. Já o resto da esquerda terá de ler cada sílaba que ele escreveu. E isso já é um castigo e tanto. E se ELES gostarem? Aí, isso mesmo será um castigo ainda maior. Bem feito.

Um comentário sobre “Dilma, Paulo Coelho e a tigrada literária.

  1. Quando a juventude fosse mais educada com a filosofia e a arte literária do Paolo Coelho, o mundo, inclusivamente o Brasil, tivesse uma outra ‘cultura’, para não dizer mentalidade, que hoje.

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