Woodstock: 55 Anos do Festival que Transformou a Música e a Cultura. Por Flávio Chaves

 foto que mostra  o quão incrível foi o Woodstock
Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

A primeira edição do Woodstock, oficialmente conhecido como Woodstock Music & Art Fair, foi realizada entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969, em Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como “Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música”, o festival tornou-se um ícone da contracultura dos anos 60 e início dos anos 70, refletindo as profundas mudanças sociais e culturais da época.

O festival reuniu 32 artistas renomados, incluindo nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who e Santana, que entregaram performances icônicas, algumas das quais continuam a ser reverenciadas até hoje. Mais do que um simples festival de música, Woodstock representou o espírito de uma geração que pregava paz, amor, e a busca por um mundo mais justo e harmonioso.

Woodstock não foi apenas um festival de música; foi um símbolo de uma geração que buscava liberdade, igualdade e paz em um mundo marcado por conflitos, como a Guerra do Vietnã. O evento destacou a crescente influência da juventude na sociedade, e sua programação diversa, que incluiu lendas como Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, e Santana, refletiu o espírito de experimentação e de inovação que caracterizou a música da época.Em 1903, cidade inaugurou a colônia artística Byrdcliffe, que permanece aberta, nas montanhas próximas da localidade
Cidade lucra com o evento até hoje | Foto: Angela Weiss / AFP / CP

O sucesso e a importância cultural de Woodstock 1969 levaram à realização de duas edições comemorativas. Em 1994, o festival celebrou seu 25º aniversário com o tema “2 More Days of Peace & Music” (Mais 2 Dias de Paz e Música), realizado em Saugerties, Nova York. Embora tivesse um caráter nostálgico, reunindo alguns dos artistas originais como Joe Cocker e Santana, a edição de 1994 também incorporou novos artistas que estavam moldando o cenário musical dos anos 90, como Green Day e Red Hot Chili Peppers.

Cinco anos depois, em 1999, Woodstock comemorou seus 30 anos em Rome, Nova York. Esta edição, contudo, ficou marcada tanto pelos momentos de grande performance quanto pelos problemas de organização e segurança, que culminaram em episódios de violência e destruição. Apesar das controvérsias, Woodstock 1999 reafirmou a relevância do festival como uma plataforma de expressão musical e cultural, mesmo em meio a desafios.

Agora, ao completar 55 anos, Woodstock continua a ser lembrado como um dos festivais mais emblemáticos de todos os tempos. A combinação de performances icônicas, o espírito de união e a representação de uma geração em busca de mudança garantiram ao evento um lugar permanente na história da música e da cultura mundial.

Se você quer saber ainda mais sobre o Woodstock, principalmente sobre a edição de 1969, considerada a mais memorável e importante, o livro A Estrada para Woodstock, escrito por Michael Lang, é a leitura perfeita.

Imagem: divulgação

Outro complemento para mergulhar na história desse festival emblemático, é a série lançada recentemente pela Netflix sobre a edição de 1999. Desastre Total: Woodstock 99, conta em 3 episódios tudo sobre a edição de 30 anos do festival. O que era para ser uma celebração, acabou se tornando um completo desastre marcado por incêndios, violência, destruição e abusos.

Woodstock não foi apenas um evento; foi um movimento que capturou o zeitgeist (espírito da época) de uma era e deixou um legado duradouro, inspirando futuras gerações a buscar paz, música e, acima de tudo, a liberdade de expressão.