TSE omite custos e quem bancou solenidade de posse de Moraes

Segundo colunista, estima-se que a festa tenha custado R$ 350 mil

Cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se recusou a responder questionamentos relacionados a origem do dinheiro e quanto foi gasto durante a cerimônia que empossou Alexandre de Moraes como novo presidente da Corte, na terça-feira (16). A informação é do colunista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles.

O evento, que contou com cerca de dois mil convidados, incluindo personalidades políticas, como o presidente Jair Bolsonaro e os ex-presidentes Michel Temer (MDB), Dilma Rousseff (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Sarney (MDB), promoveu um coquetel farto, com direito a vinho, espumante e uísque 12 anos, por exemplo. Estima-se ainda, de acordo com a reportagem, que a festa tenha custado pelo menos R$ 350 mil reais.

Questionado pela coluna, o órgão não “entregou” uma resposta formal. Extraoficialmente, porém, o gabinete da presidência do TSE avisou que não prestará as informações solicitadas.

Fontes do tribunal, sempre segundo o colunista, garantem que não foi a própria Corte Eleitoral que custeou o coquetel que se seguiu à solenidade de posse, para a qual foi contratado um bufê que está entre os mais sofisticados de Brasília, o Unique Palace.

Além das bebidas alcoólicas, o cardápio também foi marcado por ser luxuoso. No menu, comidinhas servidas em porções individuais pelos garçons que circulavam pelo salão. Entre os aperitivos, constavam risotos, camarão empanado, polvo e canapés diversos.

A coluna apurou que o coquetel teria sido bancado por associações de juízes. Procuradas pelo Metrópoles, duas das maiores entidades do setor, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis), negaram o patrocínio.

A recepção realizada logo após a solenidade foi criticada reservadamente por ministros de tribunais superiores. Para eles, o momento de crise institucional pelo qual passa o país exigia mais “sobriedade”.