Futuro nada promissor. Por CLAUDEMIR GOMES

Por CLAUDEMIR GOMES

Os representantes pernambucanos na Série B – Náutico e Sport – tropeçaram na largada do returno do Brasileiro. As derrotas sofridas por ambos fizeram os leoninos despencarem na tabela de classificação, e os alvirrubros se consolidarem como candidatos ao descenso. A vigésima rodada teve apenas um clube vencedor na condição de visitante: o Londrina, que se superou diante do Náutico, nos Aflitos, pelo placar de 2×1.

A tendência natural, fato observado em edições anteriores, é que os jogos do returno venham a ser mais difíceis, em virtude do equilíbrio de forças, uma vez que a maioria dos clubes investiram em reforços na tentativa de alcançarem seus objetivos. O empate sem gols entre Chapecoense e Grêmio, na abertura da vigésima-primeira rodada, fortalece a tese da elevação do nível de dificuldades nas partidas de volta.

O mestre, José Joaquim Pinto de Azevedo, com sua generosidade me repassa muitos conhecimentos e ensinamentos. Com ele aprendi a simplificar algumas leituras, tomando por base que, as avaliações são feitas retrospectivamente.  Nos primeiros vinte jogos dos trinta e oito que compõem o campeonato, o time dos Aflitos contabilizou dez derrotas, ou seja, perdeu a metade das partidas disputadas. Portanto, o farol de alerta foi ligado para os alvirrubros, que necessitam, para se livrarem da guilhotina, contabilizar oito vitórias nos dezoitos jogos que irão disputar. Tarefa nada fácil para quem, em vinte partidas venceu apenas quatro vezes. Os números dão o norte para as análises prospectivas.

Pegando uma carona no slogan da Rádio Clube – “Sem Clube não há futebol” – podemos afirmar que: sem gols não há vitórias. Eis a razão pela qual os rubro-negros viram o sonho do acesso se transformar em pesadelo. O clube da Ilha do Retiro cometeu uma série de equívocos na montagem do elenco – contratações de técnicos e jogadores – e o resultado foi um desequilíbrio que parece insolúvel: defesa ajustada e ataque inoperante. Com tal equação o sucesso jamais irá acontecer. Na tentativa de provar que todos estão errados, e que figurar na décima posição na tabela de classificação nada define sobre o futuro, os “sábios” dirigentes leoninos anunciaram a contratação do atacante Vagner Love, 39 anos. Como diria o saudoso comentarista, José Bezerra, “trata-se de um ex-jogador em atividade”.

Bom! Depois das aventuras de Lisca Doido, tudo é possível na “Ilha da Fantasia”. Até chuva de gols.

Só Love, só Love…