Piada do Ano! Cotação do petróleo cai, mas a Petrobras se recusa a diminuir os preços

Oito perguntas para entender por que os combustíveis estão tão caros -  Vermelho

Charge do Nando Motta (Arquivo Google)

Valdo Cruz
g1 Brasília

Apesar das pressões de aliados de Bolsonaro, Petrobras avalia que ainda não é possível baixar preços. Segundo a estatal, a queda no preço do barril do petróleo no mercado internacional, em razão do risco de uma recessão global, ainda não permite uma redução no preço dos combustíveis no Brasil, apesar das pressões de aliados e assessores do presidente Jair Bolsonaro para que a empresa faça um corte no valor da gasolina, diesel e gás de cozinha.

A avaliação é de integrantes da Petrobras que já estavam na empresa antes da chegada do novo presidente da estatal, Caio Mário Paes de Andrade, para quem é preciso, antes, checar se esse cenário de queda no preço do petróleo vai se consolidar e em que patamar.

ESPERAR PARA VER – Esses integrantes da estatal lembram que a Petrobras não vinha repassando imediatamente o aumento no preço do barril de petróleo. A empresa aguardava um período para checar se o novo valor havia se consolidado para, então, reajustar os preços.

No último reajuste concedido pela estatal, no dia 17 de junho, por exemplo, o diesel não era reajustado desde 10 de maio, há 39 dias, enquanto a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março, há 99 dias. Em outros reajustes, o diesel já chegou a ficar sem aumento por quase 60 dias.

Agora, avaliam esses integrantes da Petrobras, é preciso esperar como vai se comportar o mercado de petróleo nas próximas semanas, lembrando que a queda começou a ser registrada nos últimos dez dias, mas tem ficado no patamar de US$ 100.

GASOLINA CARA – No momento, não haveria mais defasagem no preço do diesel, enquanto o da gasolina estaria um pouco mais caro no Brasil em relação ao mercado internacional.

O dado positivo para o governo, na avaliação de assessores presidenciais, é que não há agora um novo fator para pressionar o preço dos combustíveis. E, para eles, se o petróleo continuar em queda, haveria uma possibilidade de redução do valor da gasolina, diesel e gás de cozinha pelo menos em agosto.

Uma eventual redução no preço dos combustíveis seria usada pela campanha da reeleição de Bolsonaro para melhorar o desempenho do presidente nas pesquisas de intenção de voto. Os últimos aumentos da gasolina e diesel tiveram impacto negativo na imagem do presidente da República junto ao eleitorado.